09/05/2006 23h05 – Atualizado em 09/05/2006 23h05
Olair Nogueira
O anfiteatro da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, campus de Três Lagoas, foi palco na noite desta terça-feira, do ‘1º Fórum Três-Lagoense de Policiamento Comunitário’. O evento foi promovido pelo 2º Batalhão da Polícia Militar. 80% da platéia presente eram formadas por policiais militares da Polícia Militar, Rodoviária Federal, Rodoviária Estadual, Corpo de Bombeiro e Polícia Ambiental. O restante era empresários, presidentes de entidades de classe, religiosos, entre outros.A mesa principal foi formada pelo Major, Edson Machado de Souza, comandante do 2º BPM, do vice-prefeito Luiz Akira Yoshio Otsubo (PTB), que representou a prefeita Simone Tebet (PMDB), Major Carlos Santana, palestrante do evento, José Renato Miguel, delegado de Polícia Civil, Claudio César Alcântara, vereador e que representou a Câmara de Vereadores, Tenente José Augusto Castro, Comandante do BPM de Nova Andradina, Inspetor da PRF, Clayton Carlos e do comandante Yatabe, da 2ª Cia de Infantaria do Exército de Três Lagoas.POLICIAMENTODe acordo com o palestrante, Carlos de Santana, a filosofia da Polícia Comunitária visa a participação social, de forma que envolva todas as forças vivas da comunidade, na busca de mais segurança e nos serviços ligados ao bem comum.A Polícia Comunitária é pertinente a Instituição Policial, envolvendo ações de policiamento ostensivo (Polícia Militar) e investigativo (Polícia Civil) e contando com a parceria da comunidade na busca de soluções criativas para solução de seus problemas.OS DEZ MANDAMENTOSDesta forma, a Polícia Comunitária possui dez mandamentos que orientam suas ações: Descobrir os anseios e preocupações da comunidade; Incentivar o cidadão a participar na identificação, priorização e solução dos problemas na sociedade; Conhecer a realidade da comunidade onde está servindo o Policial Militar ou o Policial Civil e fazer com que o cidadão os conheça; Trabalhar de modo a prevenir as ocorrências; Agir de acordo com a lei e a ética policial, com responsabilidade e com confiança ao atender a comunidade; Atuar como chefe de polícia local com responsabilidade; Dedicar atenção especial na proteção das pessoas mais vulneráveis; jovens idosos, pobres, deficientes, etc.; Confiar no seu discernimento, sabedoria, experiência e sobretudo na formação que recebeu, pois isso permitirá encontrar soluções alternativas e criativas que ampara os problemas da comunidade; Manter-se atualizado, pois a comunidade e a polícia estão em constante evolução e Integrar-se na comunidade e ajudar as pessoas a resolver os problemas pacificamente.“A Polícia Comunitária é a alternativa que melhor se adequa ao Estado Democrático de Direito. Ela é uma alternativa ao modelo tradicional de polícia, cujo enfoque é combater ao criminoso depois que ele tenha vitimado alguém e gerado um dano moral ou material. É preciso antecipar-se ao crime, agindo sobre as suas causas, para que ninguém sofra dano algum. A segurança deve ser construída por todos”, defendeu o policial.