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terça-feira, 16 de setembro de 2025

Torre Eiffel fica azul para celebrar Dia da Europa

09/05/2006 10h50 – Atualizado em 09/05/2006 10h50

AFP

A França se vestiu de azul nesta terça-feira para celebrar o Dia da Europa, uma data em que este país, antigo motor da integração continental e hoje mergulhado num sentimento de ceticismo em relação à UE, recorda especialmente a declaração de seu compatriota Robert Schuman, um dos fundadores do bloco europeu, em 9 de maio de 1950.
Quando completa um ano do “rotundo” não francês à Constituição Européia em um referendo que provocou a paralisia do bloco, a França multiplica as cerimônias para comemorar este dia e mostrar às pessoas que o país sempre ocupou e deve continuar ocupando um lugar importante no continente.
A ministra para Assuntos Europeus, Catherine Colonna, compareceu à meia-noite de segunda-feira ao pé da Torre Eiffel, que durante 24 horas ficará totalmente iluminada de azul, a cor da Europa, e nas primeiras horas desta terça-feira foi à estação central do metrô da capital, que imprimiu bilhetes azuis especiais no lugar dos cor de malva.
Segundo Colonna, há 20 anos a França não organiza tantos atos para comemorar o dia 9 de maio.
“É preciso mostrar que a Europa existe e tem um papel importante na vida dos franceses”, insistiu a ministra.
Corais em toda a França cantaram na mesma hora o Hino da Alegria, de Beethoven, que se converteu no tema da Europa.
O ministério das Relações Exteriores e a representação da Comissão Européia na capital francesa abriram suas portas à visitação e, em Estrasburgo (leste), sede do Parlamento Europeu, 25 filmes, um para cada país membro da UE, serão exibidos durante o dia.
Além disso, o primeiro-ministro Dominique de Villepin, falará aos estudantes que participam no programa de intercâmbio Erasmus e que foram convidados à Assembléia Nacional.
Cinco anos depois do fim da Segunda Guerra, que arrasou a Europa, o então chanceler francês, Robert Schuman, pronunciou um discurso fixando os fundamentos da construção européia.
“A Europa não será reconstruída de repente, e sim com êxitos concretos e se apoiando na solidariedade de todos”, destacou Schuman, em 1950, apostando naquela ocasião numa conjunção das produções nacionais de carvão e aço e no fim da rivalidade entre a França e a Alemanha.

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