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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Municípios da região conhecem projetos de Dourados

10/05/2006 11h25 – Atualizado em 10/05/2006 11h25

Dourados Informa

Os secretários e representantes das secretarias municipais de Educação das cidades de Novo Horizonte do Sul, Ponta Porã, Caarapó e Itaquiraí ficaram entusiasmados com os trabalhos desenvolvidos em Dourados que fazem parte do projeto “Dourados: Cidade Educadora”. A comitiva da região visitou nesta terça-feira (09) o Centro Homeopático, o Parque Antenor Martins, as escolas municipais Neil Fioravanti (Caic) e Avani Fehlauer, e na Vila Cachoerinha, o Cras (Centro de Referência de Assistência Social) e a lavanderia comunitária. Esse city tour foi realizado a pedido dos secretários que participaram da primeira reunião para a formação do Comitê Intermunicipal do projeto, promovida no último dia 20, e que pediram então para que fosse marcado um próximo encontro para que se pudesse conhecer os trabalhos na prática.Mais de 100 projetos desenvolvidos nas escolas e em outros segmentos da sociedade organizada fazem parte do “Dourados: Cidade Educadora”. O coordenador do projeto, Wilson Biasotto, explica que muitas vezes os coordenadores de projetos que já existem ficam em dúvida se o seu projeto faz parte do Cidade Educadora ou o Cidade Educadora faz parte do seu projeto. “Na verdade são as duas coisas. O Cidade Educadora tem a função de descobrir os projetos que professores e outros profissionais já faziam, mas que ficavam escondidos, isolados, e promover a socialização e horizontalização desses projetos”, disse Biasotto. Um dos projetos que mais emocionou os visitantes foi o de intercâmbio cultural entre crianças indígenas e não-indígenas realizado pela professora do Caic, Cristina Pires Dias Lins, com alunos da 1ª série. Para combater a discriminação étnica, as crianças trocaram cartas com alunos da Escola Municipal Indígena “Tengatuí Marangatú”o que criou um clima de suspense e de amizade prévia antes do passeio onde as duas salas se encontraram. Na troca de cartas elas descobriram que tinham muitas características em comum, o que quebrou o preconceito.Conhecendo um pouco sobre o dia-a-dia das crianças indígenas, os alunos do Caic ficaram sensíveis com a situação precária em que viviam algumas crianças e decidiram em assembléia, promover uma campanha para arrecadação de roupas e brinquedos. Depois da campanha, resolveram ir além das medidas paliativas e escreveram um documento com sete reivindicações que foi encaminhado a Câmara de Vereadores. A partir desse documento, os vereadores fizeram indicações e três projetos de lei.Para a professora Cristina Pires Dias Lins, as atividades devem extrapolar a sala de aula e a escola para envolver a comunidade. “Ninguém consegue abraçar o mundo sozinho, mas todos juntos conseguem. Essa história de que cada um tem que fazer a sua parte está ultrapassada. Para que algo seja mudado temos que agir juntos”, afirmou Cristina Lins.De acordo com o secretário municipal de Educação, Leopoldo Van Suypene, essa mudança de comportamento e a interação entre os projetos é a novidade do Cidade Educadora. “Se organizarmos tudo o que já fazemos num projeto com metas e objetivos bem definidos, o Cidade Educadora vai dar certo”, acredita Leopoldo.Outros encontros para discutir o projeto “Dourados: Cidade Educadora” serão programados para se forme uma rede de cidades educadoras. A secretária de Educação de Novo Horizonte do Sul, Rosana Maria Alves, considerou o encontro interessante para a troca de experiências. “Conhecendo esses projetos podemos ver que muitas ações podem ser usadas nas nossas cidades. É claro que não com a mesma magnitude de Dourados, mas da maneira que a nossa cidade comporta”, disse Rosana Alves.

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