10/05/2006 11h04 – Atualizado em 10/05/2006 11h04
Daniela Galli
Os servidores dos dois campi da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) de Três Lagoas paralisaram hoje (10) suas atividades em protesto contra o fim de um de seus benefícios. O plano de saúde foi concedido aos funcionários pela resolução nº. 48 de 1992. Entretanto a atual administração, cujo reitor Manuel Catarino Paes, está em sua 2ª gestão, publicou no último dia três de maio a resolução nº. 24 que declara extinto o benefício. Segundo Sônia França, membro do colegiado do plano de saúde afirmou que o reitor citou o Tribunal de Contas da União como justificativa para o fim do benefício.ADESÃOMais de seis mil servidores ficarão sem tratamento médico, hospitalar, odontológico, psicológico e fonoaudiólogo. Sônia explicou que quando surgiu o plano era mantido por um repasse do Governo Federal. Atualmente os servidores pagam uma mensalidade para usufruírem do benefício.A manifestação será somente durante o dia de hoje. “Estamos preparando um abaixo assinado”, revelou Sônia. As aulas da Universidade não serão prejudicadas, somente as atividades administrativas como biblioteca e secretarias. Sônia ressaltou que o pró-reitor da administração tem 30 dias para apresentar uma proposta para restituição do plano.PREJUDICADOSGerson Oliveira trabalha na biblioteca da UFMS. Ele conta que ficou chocado quando soube que não mais poderia contar com o plano de saúde. “A Universidade não tem ônus nenhum com o benefício, que é mantido por mensalidade”, explicou.A Secretária de Especialização Regina Célia Caiola também não ficou feliz com a notícia. “Acho que foi uma decisão arbitrária, muitos de nós temos parentes idosos e doentes que dependem do plano”, disse, “Vamos lutar pos nossos direitos até o fim”.
