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segunda-feira, 17 de junho de 2024

Apenas dois deputados ‘sanguessugas’ renunciam ao mandato

22/08/2006 07h43 – Atualizado em 22/08/2006 07h43

Agência Brasil

Até a meia-noite desta segunda-feira, a Secretaria-Geral da Mesa Diretora recebeu apenas um novo comunicado de renúncia de um dos 69 deputados citados no relatório parcial da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito das Sanguessugas por suposto envolvimento no esquema de fraudes na compra de ambulâncias por prefeituras: às 23h55, foi comunicada a renúncia de Marcelino Fraga (PMDB-ES) por um advogado do parlamentar. O mandato será assumido pelo suplente Roberto Valadão Almokdice (PMDB-ES). Caso haja algum eventual impedimento de Valadão, a vaga ficará com Albuino Cunha de Azeredo (PDMB-ES). Prazos A meia-noite desta segunda-feira era o prazo final para os deputados deixarem de responder aos processos disciplinares que serão instaurados às 11 horas desta terça-feira pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar. Após a instauração do processo, os deputados serão notificados. A partir da notificação, cada parlamentar terá prazo de cinco sessões ordinárias do plenário para apresentar a defesa por escrito e indicar cinco testemunhas. No dia 4 de setembro, o Conselho de Ética vai designar os relatores dos processos. Substituição Antes desta segunda-feira, o único citado pelo relatório da CPMI que desistiu do mandato foi Coriolano Sales (PFL-BA), cuja renúncia foi comunicada no último dia 15. Ele foi substituído pelo deputado Roland Lavigne (PMDB-BA), que tomou posse nesta segunda-feira. O presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), havia alertado que, mesmo em caso de renúncia, qualquer parlamentar poderia responder ao processo caso voltasse à Câmara na próxima legislatura. Para isso, segundo ele, bastaria que a reabertura do processo fosse pedida por algum partido político ou pela Mesa Diretora. Depoimento A CPMI das Sanguessugas poderá ouvir novamente nesta semana o empresário Luiz Antonio Vedoin, um dos donos da Planam, empresa acusada de montar o esquema de fraudes na saúde. Para o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), um dos sub-relatores da CPMI, será necessário ouvir Vedoin mais uma vez para verificar se o empresário tem provas que confirmem denúncias feitas por ele em entrevista publicada na última edição da revista Veja. Na entrevista, Vedoin fez novas revelações sobre as fraudes, mas Gabeira adverte que o senador só será investigado caso Vedoin apresente evidências para comprovar as denúncias.

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