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domingo, 4 de maio de 2025

RS: pais tentaram acabar com namoro de menina e professor

22/11/2006 08h51 – Atualizado em 22/11/2006 08h51

O Dia

Declarações de amor acompanhadas de planos de casamento. Era assim que a estudante Gabriela Muratt, 13 anos, se referia ao seu professor de piano, Marcos Maronez Júnior, 31 anos, quando conversava com as amigas. As colegas, que no início não levavam a história a sério, começaram a se preocupar depois que a adolescente mudou o comportamento: afastou-se delas e não largava o celular. Desesperada, a família a proibiu de sair de casa sozinha e lhe tirou o telefone. As medidas não conseguiram pôr fim ao relacionamento, que terminou em tragédia domingo, dia em que o casal morreu após ser encontrado baleado dentro do quarto de um motel em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

“Ela dizia que amava o professor, que ia casar, mas a gente não acreditava. Logo após o começo do segundo semestre, piorou. Gabriela saiu do mundo, era só ele, vivia falando ao celular, ela mudou”, afirmou uma das melhores amigas da jovem e colega de escola, de 14 anos. Segundo a amiga, em agosto, Gabriela lhe disse que fugiria com o professor. Preocupada, contou para a mãe, que procurou a família de Gabriela e a alertou. “A mãe dela ficou desesperada. Eles procuraram ajuda com psicólogos. A Gabriela estava se tratando, todos eles estavam. Gabriela foi impedida de tudo. Não podia ir às aulas de música nem sair sozinha. Também ficou sem celular”, relatou a mãe de outra colega de Gabriela. As tentativas dos parentes da adolescente de afastá-la de Marcos foram sem sucesso. Sem celular, Gabriela pegava o telefone das colegas de colégio emprestado e ia para o banheiro falar com o pianista, como fez sexta-feira, dia em que desapareceu. “Ela deixou a mochila na sala e saiu, mas por muito tempo. Estava no banheiro com o telefone. Chamaram a mãe dela. Antes de ir embora, disse que tinha sonhado comigo e me pediu um abraço”, lembrou amiga. Sexta-feira, Gabriela foi embora do colégio com a mãe. Ela sumiu às 14h, quando saiu de casa sem ser vista. A polícia cogitou hipótese de pacto de morte, mas acredita mesmo que Marcos matou Gabriela e se suicidou. Após a tragédia, foram criadas pelo menos duas comunidades no Orkut sobre o caso: uma de amigas da menina, em homenagem a ela, e outra de pessoas revoltadas com Marcos. No site dedicado à estudante ¿ “Gabi, contigo onde estiver” ¿, com 157 membros, havia 44 mensagens de carinho e saudades até ontem à noite. Além da página em repúdio ao professor ¿ “Marcos se fudjazz!” ¿, a comunidade que o pianista mantinha no Orkut recebeu mais de 20 mil comentários, a maioria de indignação e com xingamentos. “Uma atitude macabra”, definia mensagem. Outro caso de relacionamento entre uma adolescente e um homem mais velho mobilizou a polícia ontem. O vendedor Luiz Gilmar Muller, 37 anos, foi preso em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, acusado de raptar uma garota de 14 anos, moradora em Rio do Oeste, no Paraná. Ele e a menor, que são namorados, tentavam fugir da família da menina num ônibus com destino à Bahia. A adolescente estava desaparecida desde domingo, dia em que sumiu de casa. A família dela acionou a polícia, que conseguiu interceptar o ônibus quando o veículo fazia uma parada na rodoviária de São José do Rio Preto. O casal foi encaminhado para a Delegacia de Investigações Gerais (DDM). A garota ficou sob os cuidados do Conselho Tutelar.

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