27/01/2007 11h32 – Atualizado em 27/01/2007 11h32
A atriz Solange Couto concedeu na manhã deste sábado (27) uma entrevista coletiva no Hotel Vila Romana, em Três Lagoas. A carioca, que apresenta hoje a peça teatral “Cinco Mulheres por um Fio”, no anfiteatro da UFMS contou de sua trajetória no teatro, na TV e de suas aventuras em 50 anos de vida e em seus 26 anos de carreira. A atriz conta que está há um ano e três meses afastada da TV. ‘Atualmente não tenho contrato com emissora nenhuma, mas já recebi novas propostas da TV Globo e da Rede Record’. Seus mais recentes trabalhos na TV foram nas novelas “América”, “Começar de Novo” e ‘Da Cor Do Pecado’. E claro, em ‘O Clone’, interpretando a irreverente Dona Jura, oportunidade esta que Solange Couto revelou a grande comediante, que até então escondia em personagens do teatro para um público seleto. Seu bordão “Não é brinquedo não” tomou conta do país e as receitas do bar da Jura acabaram se transportando para um livro. Por falar em ‘Dona Jura’, a atriz revelou aos jornalistas que resolveu engordar uns 20 quilos para compor a personagem. ‘Na final da novela combinei com a Glória Perez que queria emagrecer um pouco, de 106 quilos que adquiri passei a pesar 80’. ‘Em América engordei oito quilos’, comenta. Questionado sobre a diferença na atuação no teatro e na telinha, a atriz disse que gosta muito de televisão, devido a diversidade do trabalho. ‘Na Tv fazia muitas cenas em capítulos diversos, cheguei a fazer 50 cenas em um dia só, porem há muita correria’, comenta e completa: ‘Lá se você fica doente, o diretor coloca uma cena com uma personagem doente, e você acaba atuando ali mesmo, no hospital’. Para Solange, o teatro é mais prazeroso. ‘Encenando ali no palco você tem uma energia direta com o público, há uma interação – você tem ali a certeza de sua popularidade, o reconhecimento das pessoas no rosto, na gargalhada, enfim..’. Evangélica, Solange disse que o compromisso maior em seu trabalho é ajudar as pessoas. ‘Seja numa peça de uma hora ou menos, quero passar uma mensagem às pessoas, e gosto muito de despelar o ser humano, mostrar que todos somos iguais, sensíveis’. A peça aborda justamente os problemas afetivos e os questionamentos femininos. “Cinco Mulheres por um Fio” foi escrita pela própria atriz e por Regiana Antonini, redatora do programa “Zorra Total”. A direção é de Silvio Guindane, que já foi premiado cinco vezes no Festival de Gramado com o troféu Kikito, e produção de Jorge Elali e Tatiane Fernandes. No palco, Solange interpreta nada menos que cinco personagens hilariantes: Silvana Helena, uma sexóloga rica que atende às amigas e pessoas carentes através do telefone; Heloísa Rock, uma PhD poliglota que tem alergia a burrice; Kelly Rosivane, uma empregada baiana que acha que está esperando o sétimo filho; Maria Lúcia, uma professora de Estudos Sociais e Educação Moral e Cívica, sexualmente atraída pelos amigos surfistas do seu filho de 17 anos; e Val, uma homossexual assumida, que trabalha como motoboy e está em crise com a namorada. A peça tem uma hora e meia de apresentação, sem intervalos. Nesse tempo, leva aos presentes cenas inusitadas da realidade da mulher brasileira, independente da classe Social, religião ou formação educacional. A apresentação do espetáculo será à partir das 20h30. A entrada para quem não adquiriu o ingresso antecipadamente é R$ 24.
