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segunda-feira, 19 de maio de 2025

Polícia Federal ‘mina’ crime organizado em MS com prisões de advogados, empresários, policiais e agiotas

04/06/2007 16h27 – Atualizado em 04/06/2007 16h27

A Polícia Federal desarticulou nesta segunda (4) uma quadrilha com indícios de envolvimento com a máfia dos caça níqueis e com o tráfico de drogas em Mato Grosso do Sul. As primeiras prisões aconteceram por volta das 4 horas da manhã. Ao todo, 29 pessoas foram detidas entre elas, advogados, policiais civis, empresários, agiotas e um agente penitenciário.

OS PRESOS

Foram presos em todo o Mato Grosso do Sul: Abel Gimenez Neto, Adriano Henrique Jurado, Andrei Cunha, Antônio Celso Monteiro Catan, Antônio Trindade Neto, Arlei Silas Portugal, Carlos Antônio Mantovani, Cláudia de Oliveira, Dirceu Garcia de Oliveira, Durval Quijadas Aro Júnior, Edmo Medina Marquetti, Edna de Souza Costa, Ednaldo Rocha Alves, Edson Gonçalves da Silva, Edson Ivase, Elenilton Dutra de Andrade, Elis Antônio Candido de Souza, Fábio de Melo Dias, Fernando Augusto Soares Martins, Fernando Léo Barbieri, Genivaldo Alves Cordeiro, Hélio Ferreira Júnior, Hércules Mandetta Neto, Hiliene dos Santos Queiroz, Idneu Iziquel Lopes, Iraceno Teodoro Alves Neto, Itaci Fernandes Sebben, Ivaneide dos Santos, Ivanildo Santos da Silva, Jamil Abud Júnior, Jamil Name Filho, Jean Welber Garcia Pereira, João Alex Monteiro Catan, João Luiz Frederico, João Ramos dos Santos, José Carlos de Souza Prata Tibery, José Eduardo Abdulahad, José Lázaro Servo, José Lopes da Silva Júnior, José Miguel Celestino, Jurandir Vieira da Silva, Kelson Mercy Dias, Luiz Alfredo Ganassin, Márcio César de Almeida Dutra, Márcio Moraes de Paiva, Marcos Luciano da Silva Sanches, Maria Dalva Cristina Martins, Marmo Marcelino Vieira de Arruda, Michel Youssif, Udney de Jesus Leite, Reginaldo da Silva, Roberto Razuk, Rogério Amorim Marinho, Rubens Baptista Filho, Sérgio Roberto de Carvalho e Zildson Feitosa Gadelha Denominada ‘Operação Xeque Mate’, a ação envolveu trinta delegados e dezenas de policiais federais vindos de vários Estados, incluindo Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Brasília. A AÇÃO

Já nas primeiras horas da manhã, os policiais saíram a campo por determinação judicial do Juiz Dalton Igor Kita Conrado, da 5ª Vara Criminal de Campo Grande. Setenta e sete pessoas foram presas em todo o Mato Grosso do Sul. Segundo a Polícia Federal os acusados teriam praticado crime de corrupção passiva (cobrança e recebimento de “propinas” de criminosos), bem como se envolvido em outras modalidades criminosas, tais como comércio ilegal de armas de fogo e tortura. Os investigadores acompanharam a ação de estelionatários, de uma quadrilha especializada no furto e desmanche de caminhonetes, além da ação de grupos criminosos que estariam explorando o jogo de azar por meio de máquinas caça-níqueis na região de Três Lagoas e no interior do estado de São Paulo. De acordo com a PF ‘esses “quadrilheiros” pagavam propina aos policiais civis para continuarem agindo impunemente na região. Entre os crimes praticados estavam estelionato, tráfico de influência, exploração de prestígio, extorsão, receptação, contrabando e descaminho, usura, entre outros. Acusados de Três Lagoas deverão ser submetidos à prisão temporária por cinco dias, conforme prosseguirem as investigações. A operação no município contou com 50 viaturas do Comando de Operações Táticas (COT), sediado em Brasília. Para facilitar a localização do COT foram distribuídos diversos cones pela cidade. Em Três Lagoas participaram da operação pelo menos 100 policiais, vindos de Santa Catarina, Paraná e de outras regiões do Brasil. Foram apreendidos documentos, quatro armas, cheques, 30 veículos e outras mercadorias. Somente os veículos apreendidos fecharam/interditaram a rua da delegacia da PF de Três Lagoas. O movimento na delegacia reuniu dezenas de curiosos em volta da delegacia.

INVESTIGAÇÕES

Nas investigações surgiram “alvos” comuns nos dois inquéritos e suas ações coincidiam nos atos criminosos dos grupos ligados à “máfia dos caça-níqueis”. Um dos inquéritos tinha por objetivo apurar a prática de contrabando e descaminho de componentes eletrônicos para a utilização em máquinas caça-níqueis. Investigaram-se as atividades ilícitas de cinco organizações criminosas que agiam nos estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Rondônia, atuando na importação ilegal de componentes eletrônicos, na exploração ilegal de jogos de azar e na corrupção de agentes públicos, principalmente policiais.

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