28/06/2007 08h41 – Atualizado em 28/06/2007 08h41
Terra
Morreu nesta quarta-feira o poeta Bruno Tolentino, aos 66 anos, de falência múltipla dos órgãos, segundo o hospital Emílio Ribas, em São Paulo, onde estava internado há um mês em coma e apresentava quadro infeccioso grave. Tolentino é autor de importantes premiadas, como O Mundo como Idéia (vencedor do prêmio Jabuti de 2003), As Horas de Katharina (Jabuti, em 1995) e A Balada do Cárcere (prêmios Cruz e Souza de poesia, em 1996, e o Abgar Renault, em 1997). Apesar de ser conhecido por sua poesia, Tolentino também foi jornalista, professor e polemista. Nascido em 12 de novembro de 1940, em uma tradicional família carioca, desde criança conviveu com intelectuais e escritores, aprendendo a falar inglês e francês com fluência. Em 1964, com o golpe militar, foi viver na Europa. Na Inglaterra, Bruno ocupou o cargo de professor nas Universidades de Oxford e Essex. Em 1987, sob a acusação de tráfico de drogas, foi condenado a 11 anos de prisão. Durante 22 meses cumpriu sentença em Dartmoor. Retornou ao Brasil em 1993, causando grande barulho com ataques tanto ao concretismo – em especial, os irmãos Campos, Haroldo e Augusto – como a letristas da MPB como Chico Buarque e Caetano Veloso.
