16/07/2007 09h27 – Atualizado em 16/07/2007 09h27
Agência Anhangüera
“A única coisa que ela fala são os nomes dos três filhos, mais nada”, declarou ontem Sérgio de Paula, cunhado da professora Nilza Silva Ferreira Moreira, de 43 anos, que perdeu dois dos três filhos – um ainda estava internado em estado gravíssimo – assassinados pelo marido, o eletricista Marcos Rodrigues Moreira, 50 anos, que se suicidou na seqüência, e tornou a sexta-feira, dia 13, trágica. À base de remédios, extremamente abalada, a mãe não consegue responder o que quer que seja. Ela enterrou os dois filhos menores, Tiago e Mateus, de 8 e 10 anos, na tarde deste sábado, no Cemitério Flamboyant. O marido foi sepultado no mesmo local, mas durante o velório, seu corpo permaneceu longe dos caixões dos meninos. No início da tarde de domingo, enquanto moradores da Vila União tentavam retomar a vida normal, passeando e conversando pelas esquinas e calçadas do bairro, familiares tiveram de limpar as marcas da tragédia. De manhã, duas irmãs de Nilza chegaram à casa para lavar o sangue que ainda estava no chão e recolheram alguns objetos e alimentos. Pediram ajuda a alguns vizinhos, que não negaram auxílio para jogar água e sabão na calçada. Quando o cunhado Sérgio de Paula chegou ao local, por volta de 13h, as irmãs e ele retiraram da casa todos os alimentos que poderiam estragar e mais algumas roupas para Nilza. A partir de agora, ela está morando na casa dele, sem previsão de mudança. “Ela pode ficar o tempo que precisar. Pode ser um, 20 ou 70 anos”, afirmou de Paula.




