07/02/2011 08h02 – Atualizado em 07/02/2011 08h02
SP e Palmeiras esbarram em ‘Julios Césares’
O Palmeiras novamente entrou em campo com três atacantes, embora Luan seja praticamente um ponta esquerda no time de Luiz Felipe Scolari, mas não conseguiu fazer um gol sequer no Corinthians e ainda levou um, tento que decretou a vitória alvinegra por 1 a 0
Uol
A sétima rodada do Campeonato Paulista reservou algumas tristes semelhanças para Palmeiras e São Paulo. Derrotados em seus jogos, os dois times perderam a chance de subir na tabela e ainda viram suas deficiências ofensivas serem mais uma vez expostas. De quebra, esbarraram nas atuações excepcionais de dois goleiros de mesmo nome: Julio César.
O Palmeiras novamente entrou em campo com três atacantes, embora Luan seja praticamente um ponta esquerda no time de Luiz Felipe Scolari, mas não conseguiu fazer um gol sequer no Corinthians e ainda levou um, tento que decretou a vitória alvinegra por 1 a 0.
A falta de gols não sinalizou escassez de oportunidades, já que o Palmeiras teve 19 finalizações ao longo do jogo, contra oito do arquirrival. Indicou, sim, a falta de mira da equipe. Mesmo sendo líder isolado do Estadual, o time alviverde é apenas o sétimo em pontaria, segundo ranking do Datafolha, com 36,5% de aproveitamento nas finalizações.
Felipão, que tem insistido na contratação de um centroavante, reconheceu que os erros foram cruciais na derrota no Pacaembu. “Faltou um pouco de sorte, mas também o arremate certo. Usando barriga, usando peito, faríamos pelo menos um gol nas chances que tivemos. A equipe foi mais conclusiva nos outros seis jogos que fez”, admitiu o treinador, que fez questão de exaltar o desempenho de Julio César. “O melhor deles foi o goleiro, com defesas que poderão ficar marcadas como as melhores do campeonato. Algumas com sorte, mas isso não interessa”.
Elogiado por todo o elenco adversário e pelos próprios companheiros, Julio César minimizou sua importância no clássico. “Eu ajudei, mas cada um tem uma parcela aí. Um goleiro tem que ter sorte, mas sorte é trabalho também, e eu fico muito contente por hoje”, comemorou o goleiro.
Discurso semelhante ao do goleiro corintiano usou seu xará do Botafogo-SP. Julio César fechou o gol do tricolor de Ribeirão Preto e foi um dos responsáveis pela vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo. O time da capital finalizou nada menos do que 21 vezes, mas todas que foram em direção ao gol esbarraram no veterano arqueiro, que só foi vazado por Marcelinho Paraíba porque a bola desviou no meio do caminho.
“Geralmente goleiro vai bem quando o time perde, mas hoje felizmente foi numa vitória. Só fiz meu trabalho, mas meu sistema defensivo funcionou, todo mundo marcou, todo mundo correu”, avaliou o Julio botafoguense.
Tal como no Palmeiras, a falta de pontaria tem sido um dos grandes obstáculos do São Paulo no Campeonato Paulista. Apenas 32,5% das finalizações tricolores no Estadual foram certeiras, e para piorar, contra o Botafogo o time não contou com seu artilheiro, Dagoberto, poupado por sentir dores no joelho.
“Não conseguimos concluir a gol. O goleiro deles fez maravilhosas defesas e garantiu o resultado”, sacramentou Fernandão. O técnico Paulo Cesar Carpegiani concordou. “Faltou competência na hora de fazer o gol, e o goleiro fez defesas impressionantes. Nós tivemos oportunidade de decidir antes, não fizemos, e jogando na casa do adversário é um esforço redobrado ter que correr atrás do resultado. A equipe tem que ter uma regularidade, e nos não estamos conseguindo isso”, comentou o treinador.
