10/02/2011 08h24 – Atualizado em 10/02/2011 08h24
Após cinco jogos na função, Mano amargou derrotas nos últimos dois jogos, perdendo os clássicos para Argentina e França por 1 a 0
Uol
Mano Menezes concordou em enfrentar dois grandes adversários na sequência para avaliar a seleção brasileira, correu os riscos e acumulou duas derrotas. Culpou circunstâncias pontuais e amenizou os tropeços diante de Argentina e França. Mas para os próximos compromissos ele terá um novo peso para encarar: evitar uma série negativa maior que a de toda era Dunga.
Após cinco jogos na função, Mano amargou derrotas nos últimos dois jogos, perdendo os clássicos para Argentina e França por 1 a 0. A última vez em que isso aconteceu foi com o antigo treinador: o Brasil caiu diante de Venezuela e Paraguai em junho de 2008.
Dunga, contudo, nunca sofreu três derrotas seguidas nos quatro anos de trabalho. E a derrota dupla só aconteceu contra venezuelanos e paraguaios. Não se repetiu. Mano tem prestígio com a CBF e nega estar pressionado. Pede para que as derrotas nos clássicos sejam avaliadas com justiça.
“Vamos entender como as derrotas aconteceram. Sofremos um gol no ultimo minuto contra a Argentina, mas tínhamos equilibrado o jogo e era um adversário de ponta. Contra a França estávamos sendo até superiores em condições normais (até a expulsão de Hernanes) e também era um grande adversário”, argumentou.
Robinho, por sua vez, já espera críticas. E ele conhece bem o que é seleção brasileira: tem 92 convocações e 82 jogos. “Aqui temos que ganhar sempre. Sabemos que futebol é resultado e que as críticas vêm quando não ganhamos. Estamos todos tristes, mas temos tudo para ganhar no próximo”, disse o capitão de Mano.
A seleção volta a se reunir no final de março, próxima data reservada pela Fifa para competições e amistosos oficiais. Na sequência, já tem um compromisso agendado diante da Holanda em junho, quando enfrentará os algozes da última Copa do Mundo. E depois surge a primeira competição oficial da era Mano: em julho acontece a Copa América na Argentina.
“Vamos aproveitar os próximos amistosos para definir o grupo que levaremos à Copa América. Lá teremos mais tempo de repetir o trabalho e dar entrosamento ao time. Aí poderemos ter uma avaliação melhor”, projetou o comandante.