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terça-feira, 23 de setembro de 2025

Santos pega o Cerro Porteño e atropela planejamento

02/03/2011 07h57 – Atualizado em 02/03/2011 07h57

O baixo rendimento da equipe, apesar do bom aproveitamento, determinou a demissão

Folha On-line

“Não vamos fazer da Libertadores uma obsessão”.

Essa frase foi dita no fim do ano passado pelo diretor de futebol do Santos, Pedro Luiz Nunes Conceição, o mesmo que, há três dias, anunciou ao técnico Adilson Batista que ele estava demitido.

As recentes atitudes dos cartolas santistas desmentem o discurso repetido desde que a equipe venceu a Copa do Brasil e garantiu um lugar no principal torneio interclubes do continente. E atropelam um planejamento de seis meses, pensado para a conquista da América.

Hoje, contra o Cerro Porteño, na Vila Belmiro, pela segunda rodada da competição, o auxiliar Marcelo Martelotte dirige a equipe.

Ele foi escalado para apagar o incêndio causado pela queda de Adilson, que deixa o comando do elenco com só uma derrota em 11 jogos.

O baixo rendimento da equipe, apesar do bom aproveitamento, determinou a demissão. Após o empate com o Deportivo Táchira na estreia, a diretoria temia que um novo tropeço na Libertadores atrapalhasse a campanha na primeira fase. Preferiu não pecar pela omissão.

Agora, o Santos busca um novo treinador. Com a negativa de Abel Braga, o clube tenta tomar Ney Franco “emprestado” da CBF.

O presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro já admitiu a possibilidade e agora negociará com a confederação a liberação do atual comandante das categorias de base da seleção. A ideia é que ele fique apenas até o fim da Libertadores e, depois, retorne ao seu posto para a disputa do Mundial sub-20, em julho.

Ney Franco conta com a simpatia de dirigentes e jogadores, principalmente Neymar, que foi dirigido por ele no Sul-Americano sub-20. A hipótese vai de encontro com o que foi pregado em 2010.

Após a demissão de Dorival Jr., em setembro, a diretoria não quis contratar ninguém e efetivou Martelotte até o fim do Brasileiro.

A ideia era investir em um nome de peso apenas para o torneio continental deste ano e evitar queimar um profissional com uma possível má campanha no Nacional.

“Desde que vencemos a Copa do Brasil, todos só pensavam na Libertadores”, afirmou ontem o interino Martelotte, que desta vez deve ter vida curta à frente do time.

Agora ex-treinador do time, Adilson foi contratado ainda em novembro, antes mesmo do fim do Campeonato Brasileiro, com o rótulo de ser um técnico com experiência na competição sul-americana –foi vice-campeão em 2009, com o Cruzeiro.

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