19/03/2011 08h38 – Atualizado em 19/03/2011 08h38
Corinthians eleva para R$ 21 mi lucro com lojas, mas sofre queda no Fiel Torcedor
A rede de franquias e licenciamentos se tornou a quarta principal fonte de receita do Corinthians, atrás apenas de direitos de TV, patrocínio e bilheteria
Uol
O balanço financeiro publicado pelo Corinthians nesta semana mostrou os frutos do investimento no departamento de marketing. Em 2010, o clube alvinegro faturou quase R$ 21 milhões com franquias e licenciamento de produtos. O crescimento foi de 48% em relação ao 2009.
Em compensação houve uma queda de 45% no Fiel Torcedor, nome dado aos sócios-torcedores (o lucro caiu de R$ 7 milhões para R$ 3,9 milhões).
A rede de franquias e licenciamentos se tornou a quarta principal fonte de receita do Corinthians, atrás apenas de direitos de TV, patrocínio e bilheteria.
A inauguração de lojas oficiais em São Paulo e outros Estados e a variedade de produtos são responsáveis pelos R$ 7 milhões a mais obtidos de um ano para o outro.
“O canal de varejo impulsiona a venda, por isso houve essa avalanche de licenciamento, com produtos que a gente nem imaginava”, informou o gerente de marketing Caio Campos, em entrevista ao UOL Esporte. “Passamos a diversificar, com a carne do Corinthians, o esmalte, o shampoo, o creme de pele, a caneca…”, completou.
Antes, como não existiam as lojas oficiais, era mais complicado comercializar os produtos com a marca alvinegra em supermercados.
“Nós tínhamos o ovo de Páscoa do Corinthians, mas as Lojas Americanas ou o Wallmart, por exemplo, não queria vender se não tivesse do São Paulo, do Santos e do Palmeiras. Hoje isso acabou, porque montamos as nossas lojas”, argumentou Campos.
No Parque São Jorge, existe até a farmácia do Corinthians. Além disso, são mais de 100 lojas Poderoso Timão espalhadas por diversas cidades.
Queda no Fiel Torcedor
A redução de receitas no Fiel Torcedor ocorreu, conforme explicou o gerente de marketing, porque o Corinthians ofereceu um plano mais em conta, o “Meu Ingresso”, aos aficionados.
“Era uma forma mais barata para o torcedor ter o cartão de fidelidade. Compensamos essa perda na arrecadação e no benefício ao torcedor. A ideia do Fiel Torcedor é acabar com o ingresso avulso, e hoje temos 70 mil cadastrados”, explicou Campos.
Ao contrário dos planos “Minha Vida”, “Minha História” e “Meu Amor”, que cobram anuidade (o “Meu Amor” é o mais caro, custa R$ 1,2 mil por ano) e oferecem outros serviços, o “Meu Ingresso” cobrava um valor único de R$ 75 (mais taxas). Hoje, não está mais à disposição.
De fato, houve aumento nas bilheterias. Em 2009, foram R$ 27,6 milhões obtidos com ingressos; em 2010, o lucro subiu para R$ 29,4 milhões. A eliminação nas oitavas de final da Libertadores impediu faturar mais.
