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segunda-feira, 19 de maio de 2025

Ofayé-xavante é uma das três etnias ameaçadas de extinção em MS

20/04/2012 14h48 – Atualizado em 20/04/2012 14h48

Da Redação*

O Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF/MS) lançou quinta-feira, 19, a terceira edição da revista Tekoha, publicação digital em comemoração ao Dia do Índio. Na edição, a revista apresenta a história, a cultura e a tradição de todas as sete etnias (kadiwéu, ofayé-xavante- que fica na região do Bolsão -, guató, kinikinawa, terena,guarani e atikum) presentes no estado.

Coma maior taxa de mortalidade infantil do país (38 por mil nascimentos), taxa de homicídios quatro vezes maior que a média nacional e índice de suicídios de 85 por cem mil pessoas, o sGuarani estão em estado de alerta. O antropólogo Levi Marques Pereira acusa a violência simbólica contra os índios.

“A sociedade nacional impôs um completo ocultamento da sociedade indígena em sua alteridade, ao negar-lhe o estatuto de sociedade organizada e com vínculos históricos a determinados territórios”. E completa: “Construiu-se, assim, um ideário compartilhado por fazendeiros e funcionários do governo e, até hoje reproduzido, de que lugar de índio é na reserva, todos os que não residiam em reservas estavam ilegais”, ressalta Pereira.

De acordo com a edição, os índios kadiwéu e terena lutaram ao lado dos soldados brasileiros contra as tropas invasoras. Sem o apoio dos índios, o país talvez tivesse outras fronteiras, porém, a recompensa do governo brasileiro foi o confinamento em minúsculas reservas e a expulsão de suas terras.

“A Justiça deveria localizar o lugar do índio na história e deveria ter em mente a coexistência de histórias, das quais a dos colonos pioneiros é apenas uma face da moeda. É isto, ou de nada valem as mudanças pós Constituição de 1988”, afirma o antropólogo Marcos Homero Ferreira Lima.

(*) Com informações do MPF

Valdinei Ofaié na Aldeia Enodi Ofaié (Foto: Hélio Veiga/2010)

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