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sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Novata em competições, paratleta de MS bate recorde no tiro esportivo

08/06/2012 09h09 – Atualizado em 08/06/2012 09h09

Da Redação

Dona de casa, mãe de cinco filhos, paratleta e recordista brasileira. Atributos da campo-grandense Clenilza Gonçalves, 38 anos, que estabeleceu novo recorde na prova de para-tiro esportivo durante a segunda etapa da Copa Brasil da modalidade, no último fim de semana. O torneio reuniu em Curitiba mais de 40 atiradores de 10 estados brasileiros.

Clenilza superou em 23 pontos a marca anterior, que era de 335 pontos, na classe SH1. Era apenas a terceira participação dela em competições oficiais. Sorte de principiante? Não para quem encarou os treinamentos com muita dedicação.

“Nosso grupo treina duas vezes por semana, cada sessão dura 1h20. Eu treinei um pouco mais, para estar bem no campeonato.”

A paratleta conta que começou a praticar o esporte em 2011, depois de ser incentivada pelo atirador Benedito Santana, sul-mato-grossense mais bem colocado no ranking nacional. Hoje eles fazem parte da equipe de atiradores da Associação de Reabilitação e Paradesporto Pantanal (ARPP/MS), com sede em Campo Grande. No ano passado, Clenilza conquistou a prata nas duas vezes em que competiu.

Santana reconhece o empenho e o talento da colega de equipe.

“Ela é uma das nossas melhores atiradoras, e não foi à toa que se destacou tão rapidamente em nível nacional. Clenilza tem potencial para chegar ainda mais longe.”

A impossibilidade de alguns movimentos corporais não desanima a dona de casa, que encontrou no esporte um caminho de superação após o trauma sofrido em 2005, quando ficou gravemente ferida em uma tentativa de homicídio.

“Conheci outros cadeirantes que se martirizam porque estão naquela condição há anos e não conseguem reagir. Penso que tem que reagir sim, procurar um meio de vida e seguir em frente.”

O apoio dos filhos também serve de alento para Clenilza. Os mais novos, Vitor, de 6 anos, e Giselma, de 8, acompanham sempre quando podem os treinos da mãe. Sobre o futuro no esporte, ela não descarta fazer carreira visando o parapan de Toronto em 2015 ou a paralimpíada do Rio em 2016, mas prefere trabalhar com calma.

“Isso a gente tem que ver com o tempo. Fazer meios para chegar a isso. Tenho que ter calma e me dedicar. A gente tem que ter consciência de que não é uma coisa fácil.”

(*) Com informações do G1-MS

Clenilza superou em 23 pontos o recorde anterior (Foto: Hélder Rafael/GLOBOESPORTE.COM)

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