06/05/2014 08h37 – Atualizado em 06/05/2014 08h37
Justiça condenou réu a pena de 20 anos e 3 meses de prisão. Crime aconteceu em novembro de 2012, em Corumbá
Da Redação
Um militar da Marinha foi condenado nesta segunda-feira (5) a 20 anos e 3 meses de prisão pela morte e ocultação do corpo de uma jovem, em Corumbá. William Afonso dos Santos escondeu o cadáver da vítima em uma mala. O crime aconteceu em novembro de 2012.
Greice Soares Roque, de 26 anos, era garota de programa. Em depoimento, o militar disse que, na noite do crime, encontrou a vítima em um bar e os dois combinaram de ir para a casa dele.
Na residência, segundo o militar, os dois consumiram drogas. O acusado também afirmou à Justiça que a vítima tentou agredi-lo com uma faca e que por isso ele se defendeu e a estrangulou. Ainda conforme o depoimento do militar, depois de matar a garota ele foi trabalhar e só voltou para a casa no dia seguinte, quando colocou o corpo da mulher em uma mala.
Na época do crime o réu não tinha carro, então pediu carona a um colega da Marinha para se desfazer do corpo em uma área próxima ao lixão de Corumbá. O amigo suspeitou do cheiro e do peso da mala e chamou a polícia.
DROGAS
Desde a época do crime, Santos está preso no 6º Distrito Naval de Ladário. O comando da unidade da Marinha informou que vai se pronunciar sobre a situação administrativa do militar após tomar conhecimento oficial da decisão judicial.
O promotor público Rodrigo Corrêa Amaro, que atuou na acusação, afirmou que Greice não agrediu o militar na noite do crime e que o fato dele ter consumido drogas não exclui a culpa.
A defesa vai recorrer da sentença, segundo o advogado Maarouf Fahd. A vítima deixou três filhos, de 12, 8 anos e de um ano e nove meses. As crianças estão sob a guarda da avó materna, Nair Soares. “Era ela que trazia dinheiro para dentro de casa porque eu não trabalho”, informou.
O julgamento durou cerca de oito horas. Pelo crime de homicídio a pena foi de 19 anos e três meses que foram somados a condenação de um ano pelo crime de ocultação de cadáver. Inicialmente a pena deverá ser cumprida em regime fechado. O júri popular ainda determinou que o réu perca a função pública na Marinha.
(*)Com informação de G1 MS
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