01/09/2014 10h34 – Atualizado em 01/09/2014 10h34
Acidente aconteceu no bairro Bacacheri, em Curitiba, no sábado (30).
O quarto ocupante da aeronave permanece internado em estado grave
Léo Lima com G1
O corpo do três-lagoense Mounir Brahim será velado em uma capela do Cemitério Municipal de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, no final da tarde desta segunda (01). O sepultamento será no mesmo cemitério.
Ele é a terceira vítima fatal do acidente com um monomotor modelo Cessna 177, que caiu em Curitiba (PR) na tarde de sábado (30), próximo ao Aeroporto do Bacacheri. Mounir estava internado na UTI do Hospital Evangélico, em Curitiba, e morreu no final da noite de domingo (31) após sofrer uma parada cardíaca. O quarto ocupante da aeronave – Hélio Correa, permanece internado em estado grave na UTI do Hospital do Trabalhador, também na capital paranaense. Os corpos do piloto Cleber Luciano Gomes, e de Silvio Roberto Romanelli, que ocupava a posição de copiloto, foram sepultados na tarde de domingo em Rolândia e Londrina, no norte do estado.
De tradicional família local, Mounir é filho do dono do “Rei do Quibe”, barzinho localizado na avenida Rosário Congro esquina com a rua Generoso Siqueira. O estabelecimento serviu a muitos anos de ponto de encontro tradicional da cidade.
O monomotor era de Londrina (PR) e caiu logo após ter decolado do Aeroporto do Bacacheri. A aeronave caiu em cima de uma casa e explodiu em seguida. O dono do avião disse ao G1 que a aeronave já havia realizado duas viagens no mesmo dia e que tinha passado por manutenção há pouco mais de 20 dias.
INVESTIGAÇÕES
O responsável pelas investigações, major Eduardo Michelin, do Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), relatou que peças do avião e também alguns documentos foram recolhidos no local do acidente e serão analisados por peritos da Aeronáutica. A aeronave modelo Cessna não possui caixa preta.
Ainda de acordo com Michelin, será verificado se o avião teve algum problema no motor na hora da decolagem ou se houve alguma falha humana. “Nós estamos considerando todas as hipóteses para esse acidente. Vamos analisar diversas coisas, desde o testemunho de pessoas que viram a aeronave caindo, pois alguns moradores disseram que a hélice não estava funcionando, o peso do avião, o tipo de combustível utilizado até se de repente o piloto errou”, diz o major. “Só depois da análise das peças é que poderemos cravar um motivo, por enquanto, todas as hipóteses serão consideradas”, acrescenta Michelin.
Segundo o tenente coronel Marcos Santos, do Cindacta II, o monomotor foi fabricado para suportar diversas viagens em um só dia. Como o avião passou por manutenção, o tenente coronel do Cindacta II alega que as investigações devem apurar, inclusive, como esse serviço foi realizado. “É preciso analisar qual foi a empresa que fez a manutenção, quem foi o responsável e se o trabalho foi realizado corretamente. Se de repente confirmar que a queda foi provocada por falha no motor, possivelmente a revisão foi falha”, alega.
(*) Com G1