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quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Greve de TI afeta serviços do Banco do Brasil

28/11/2014 14h51 – Atualizado em 28/11/2014 14h51

Sem acordo, trabalhadores da Cobra Tecnologia lutam por aumento salarial, adicional de periculosidade e reajuste do tíquete-alimentação. Em São Paulo, quase 90% dos funcionários estão parados

Assessoria de Comunicação

A greve dos trabalhadores da empresa Cobra Tecnologia começou na última terça-feira (25/11) e, só em São Paulo, quase 90% dos trabalhadores aderiram ao movimento. Profissionais dos estados do Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo estão parados e mais estados estão se organizando para tornar o movimento ainda maior.

As principais reivindicações dos trabalhadores são ganho real (5%), equivalência no Plano de Saúde e Licença Prêmio, reajuste do tíquete-alimentação/refeição pelo índice de alimentação fora de domicílio, calculado pelo ICV Dieese (9,35%), dentre outras. Um exemplo da falta de equidade é a média salarial de um técnico de operações, que é de R$ 2.100 no mercado, enquanto o mesmo cargo na Cobra recebe R$ 1.627,90 por mês.

O Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo (Sindpd) representa a categoria e tem a expectativa de que, se não houver negociação, haja paralisação de 100% do quadro de funcionários da empresa, o que atingirá diretamente os usuários do Banco do Brasil. “A intransigência da empresa poderá trazer problemas em todo o Brasil. Não podemos deixar que uma das mãos de obra mais importantes do País esmoreça à falta de valorização. A nossa luta é justa, queremos que a empresa distribua uma parte dos lucros que nós geramos”, afirmou o presidente da Entidade, Antonio Neto.

De acordo com o técnico administrativo da Cobra Luiz Felipe Menezes, a paralisação afetará principalmente o pagamento dos funcionários públicos, já que não há manutenção e abastecimento dos caixas do Banco do Brasil. “Os caixas ficarão inoperantes e os funcionários continuarão em greve até que a empresa se posicione”, afirmou. Na próxima segunda-feira (1/12), os funcionários farão uma assembleia para analisar a situação da greve e, se for o caso, deliberar outras ações.

“Esperamos que a empresa se sensibilize a ponto de apresentar uma proposta que atenda às expectativas dos grevistas. Os trabalhadores apoiam as reivindicações do Sindicato em São Paulo e mostraram sua insatisfação com a atual situação”, afirmou o vice-presidente do Sindicato, João Antonio Nunes.

O Sindpd defende os direitos e os interesses dos mais de 110 mil trabalhadores de TI do Estado, o que o torna o maior representante sindical da categoria em todo o País. “A adesão está alta em São Paulo. Acreditamos que, com a pressão desses dias de paralisação, a coisa continue crescendo dentro do próprio Banco do Brasil”, afirmou o diretor do Sindpd, Celso Lopes.

A Cobra Tecnologia realiza para o Banco do Brasil – que detém 99,97% de seu capital social -, assistência técnica, monitoração, segurança eletrônica, Contact Center, apoio logístico a serviços bancários, gerenciamento de documentos, impressão, fábricas de software e testes, software livre, gestão de recursos de telecomunicações e SMS Broker.

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