08/01/2015 09h40 – Atualizado em 08/01/2015 09h40
Em entrevista exclusiva, técnico não entende por que Fábio Braga treinou em separado nas Laranjeiras e critica administrações dos cariocas: ‘Algo está muito errado’
Jornal O Globo
De bermudas, chinelos e óculos escuros, Abel Braga caminha calmamente pelo Leblon, bairro onde vive e leva uma vida de “desempregado”, como ele mesmo diz. Desde a sua volta ao Brasil, em 2011, ele é o técnico com maior número de aproveitamento (58,89%) no Brasileiro, que venceu em 2012, com o Fluminense. Por isso, após sair decepcionado do Internacional, não aceita qualquer proposta e pretende tirar um tempo livre. Apesar da identificação com o clube tricolor, confessa, nesta entrevista exclusiva ao GLOBO, em seu apartamento, uma mágoa com os dirigentes das Laranjeiras e com o técnico Cristóvão Borges, que pôs seu filho, o volante Fábio Braga, para treinar separado do grupo principal.
O que você tem feito?
Estou desempregado. Mas estou na minha terra, o Leblon, andando de bermuda. Vou de chinelos ao banco, coisa que não fiz em um ano e meio em Porto Alegre. Isso é bom para a vida. Vou te dizer: é melhor ficar parado do que pegar qualquer coisa, não tenho dúvida.
E as propostas?
As mais fortes, agora, são as dos Emirados Árabes. Chegam mensagens a toda hora pelo “WhatsApp”. Mas não quero agora, só em julho, porque é complicado pegar um trabalho que você não começou.
E do Brasil?
Estavam surgindo quando começou o papo se eu ficava ou não no Inter, que estava em processo de eleição para presidente. Então, achei melhor não falar nada, porque me pediram e porque eu não queria ser cabo eleitoral de ninguém. Isso me prejudicou. Fora isso, os times mudaram pouco.
