17/01/2015 10h31 – Atualizado em 17/01/2015 10h31
O protesto deve acontecer durante toda a manhã de segunda-feira no trecho da BR-262 que dá acesso a São Paulo; a dívida do Consórcio é de mais de R$ 12 milhões
Léo Lima
Indignados com o descaso da Petrobrás e demora na solução do problema – pagamento de R$ 12 milhões pelos serviços e equipamentos prestados ao então Consórcio UFN3 – empresários de Três Lagoas vão interditar trecho da BR-262 que dá acesso ao estado de São Paulo. A exemplo do que os trabalhadores demitidos fizeram no final do ano passado e conseguiram receber pelos acertos trabalhistas. O protesto dos fornecedores deve acontecer das 6h30 até às 12 horas desta segunda-feira (19).
Tal movimento se dá, segundo o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Três Lagoas (ACETL), Atílio D’Agosto, por conta do desinteresse demonstrado pela Petrobrás em resolver assumir a dívida do Consórcio UFN3, comandado então pelas empresas Galvão Engenharia e Sinopec Petroleum do Brasil (chinesa), com os fornecedores. Segundo ele, “muitas empresas devem decretar falência na cidade por falta de dinheiro para pagar o que devem no comércio e com seus funcionários; esse empreendimento [Fábrica de Fertilizantes] é de suma importância para o país, mas tamanha dívida está quebrando o setor empresarial do município”.
Em reunião com o governador Reinaldo Azambuja, recentemente, D’Agosto, acompanhado da prefeita Marcia Moura, relatou que vários acordos foram tentados junto à Petrobrás, mas não houve avanços. A reunião serviu para solicitar a participação do governador na luta dos empresários.
NEGOCIAÇÕES DERROCADAS
Um colega de Atílio, um dos credores do Consórcio que prefere não ser identificado, resumiu: “nos deram um banho de água fria”. Isto, com relação às quatro reuniões realizadas (algumas por videoconferência) com a Petrobrás e as empresas que integravam o Consorcio UFN3.
Houve até uma reunião, no dia 6 passado, na sede da ACETL, onde os credores do Consórcio foram incentivados a elaborar planilhas contendo informações sobre o que cada empresário tinha para receber. Mas, tal movimento foi derrocado.
“A associação comercial e a Prefeitura de Três Lagoas, durante as reuniões, tentaram negociar um cronograma de pagamento das dívidas, mas a resposta foi de que não há previsão para a quitação desse débito”, concluiu D’Agosto.
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