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sábado, 2 de agosto de 2025

Setor de Entomologia realiza trabalho de estudo biológico de vetores

24/09/2015 11h23 – Atualizado em 24/09/2015 11h23

Unidade realizou análise de mais de dois mil mosquitos da Dengue

Assessoria

Devido ao clima tropical do Brasil é comum a proliferação de insetos que podem transmitir alguma doença para os seres humanos. As mais comuns são Dengue, Leishmaniose, Febre Amarela e a Doença de Chagas. Para identificação, análise e estudos mais profundos de cada vetor, a Prefeitura de Três Lagoas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, através do Laboratório de Entomologia realiza esse tipo de trabalho.

Coordenado pela bióloga Geórgia Medeiros de Castro Andrade e com uma equipe composta por oito pessoas, o setor realiza o trabalho de estudo das larvas e mosquitos capturados por meio de armadilhas sendo as mais comuns: mosquitrap, larvitramp, CDC, e ovitramp.

AEDES AEGYPTI (DENGUE)

Para o estudo do mosquito vetor da Dengue, a equipe realiza o trabalho de análise das larvas que são capturadas pelos agentes do Setor de Endemias em visitas domiciliares, por meio da armadilha mosquitrap, na qual o laboratório identifica se é o mosquito alado do Aedes Aegypti ou o vetor da Febre Amarela.

Somente neste ano foram vistoriadas 6.639 armadilhas mosquitrap, onde foram identificados 2.134 mosquitos da Dengue e 467 mosquitos Culex (possível vetor transmissor da Elefantíase). As armadilhas estão espalhadas pela Cidade, sendo instaladas a cada 300 metros nas residências. “Toda semana os agentes recolhem o mosquito alado e verificam o número de incidência do período. Os dados são colocados em um aplicativo do celular que funciona pela internet e em tempo real”, explica a bióloga.

Neste ano até o momento foram 144 armadilhas vistoriadas, com 53 larvas de Aedes Aegypti, 06 larvas de Culex, 39 larvas de Aedes Albopictus (da mesma família do vetor da Dengue) e três larvas de outros tipos de insetos que foram analisadas

CHAGAS

Outro estudo realizado pela equipe é do inseto triatomíneo (barbeiro – principal vetor da Doença de Chagas). “O Setor de Endemias realiza a captura do inseto por meio de denúncias. O laboratório realiza a identificação do inseto e análise suas fezes para observar se possui o parasita Trypanosoma cruzi, que é o principal responsável na proliferação da Doença de Chagas”, esclarece Geórgia.

Embora o laboratório realize este trabalho até o momento não foi identificado nenhum Triatominio positivo. Neste ano foram analisados dois Triatotominios.

LEISHMANIOSE

O laboratório também realiza dois tipos de monitoramento do mosquito flebótomo – responsável pela proliferação da Leishmaniose. Quando há registro de casos em humanos, o trabalho é feito com a instalação da armadilha CDC no final da tarde, na qual fica no local durante três dias. No período da manhã do dia posterior, é retirado o saco com os mosquitos capturados e realizado subsequentemente a sua análise.

O segundo tipo de monitoramento é realizado em locais em que tiveram mais casos em humanos e cães, sendo a colocação da armadilha antes da borrifação, e feito o monitoramento uma vez ao mês durante 90 dias. “Esse trabalho é feito antes e depois da borrifação para ver a ação residual do inseticida, se há ou não resistência do mosquito no local estratificado”, explica a bióloga.

De janeiro até o momento foram instaladas 154 armadilhas sendo capturados e pesquisados 33 machos e 10 fêmeas.

INSETOS EM MATAS

O laboratório também faz o trabalho de pesquisa em matas ou locais com maior arborização próximo a área urbana por meio de uma armadilha feita com uma barraca de shannon para verificar o índice de infestação de culicídeos e flebotomíneos. Dentro da armadilha é colocada um aspirador que “suga” todos os tipos de insetos e que posteriormente é analisado se há perigo de proliferação de alguma doença. O trabalho é feito de modo eventual.

A captura de insetos também é feita por meio de captura de copa colocado entre as 9h e 14h no solo e na árvore, sendo que o técnico realiza a captura do mosquito entre esse horário, com intuito de verificar a sua presença próximo aos respectivos locais.

E por fim, também é realizado o trabalho de verificação da eclosão dos ovos das larvas por meio da armadilha Ovitramp.

A unidade está localizada na Rua David Alexandria, 1426, Bairro Vila Nova.

(*) Prefeitura de Três Lagoas

Armadilha Mosquito utilizada nos trabalhos. (Foto: Assessoria)

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