02/12/2015 10h16 – Atualizado em 02/12/2015 10h16
Palmeiras e Santos lutam também pela Libertadores e a vaga vale muito
Triunfo do Santos sobre o Palmeiras, no jogo de ida da decisão da Copa do Brasil, foi bem parecido com a vitória do Palmeiras sobre o Santos, na primeira final estadual
Da Redação
Um jogo que vale o título da Copa do Brasil e, de quebra, uma vaga na Copa Libertadores 2016. As duas conquistas estarão em jogo nesta quarta-feira, no Allianz Parque. Além de garantir mais uma taça, os dois times buscam participar da competição continental, fato que será importante para os planos da próxima temporada.
Entenda abaixo o que representaria estar na Copa Libertadores do próximo ano para Santos e Palmeiras:
COFRES CHEIOS
A primeira grande perda será financeira. Ir à Libertadores, já na fase de grupo do torneio, garantirá R$ 7,5 milhões. O clube campeão da Copa do Brasil receberá um prêmio de R$ 4 milhões. Além disso, há o repasse da Conmebol. Nos últimos três anos, a entidade desembolsou 300 mil dólares (R$ 1,15 milhão) por cada partida disputada em casa na primeira fase.
O time vencedor da Copa do Brasil ainda terá as rendas líquidas dos três jogos da primeira fase. No caso do Palmeiras, isso significa aproximadamente R$ 7,5 milhões. O Santos, na primeira final, embolsou R$ 1,03 milhão — se a média for mantida na Libertadores, o valor atingirá R$ 3,09 milhões na fase de grupos da competição sul-americana.
O repasse pode aumentar à medida que o clube avançar na Libertadores. Nos últimos anos, a Conmebol pagou 550 mil dólares (R$ 2,1 milhões) nas oitavas de final, 650 mil dólares (R$ 2,5 milhões) nas quartas e 700 mil dólares (R$ 2,7 milhões) na semifinal. No ano passado, o River Plate recebeu 2,3 milhões de dólares (R$ 8,8 milhões) pela vitória na final. O Tigres, vice-campeão, embolsou 1 milhão de dólares (R$ 3,8 milhões), mesmo com o revés.
A vaga na Libertadores ainda pode ajudar o Santos a fechar um patrocínio master para 2016, pois a competição pode ser uma grande vitrine. Dessa forma, o clube voltaria a ter a sua principal renda com a sua camisa. Desde o final de 2012, quando encerrou o contrato com a BMG, o clube paulista não tem um patrocinador fixo no espaço mais nobre do uniforme.
REFORÇOS DE PESO
O Santos deve manter a política do “bom e barato” para 2016, caso não dispute a Copa Libertadores da América em 2016. A diretoria, inclusive, paralisou as negociações com o meia Paulo Henrique Ganso por este motivo. O retorno de Robinho também é um sonho exclusivo para a competição continental.
O clube também tenta convencer Lucas Lima, sua principal estrela em 2015, a permanecer no clube para a disputa da Libertadores do próximo ano. Caso não conquiste a vaga, o clube paulista não terá outro argumento forte para convencer o camisa 20 a recusar propostas da Europa.
No Palmeiras, o título e a vaga na Libertadores serão considerados uma resposta ao investimento realizado na temporada 2015. No total, 25 atletas foram contratados. O clube, por exemplo, desembolsou 6 milhões de euros (R$ 18,7 milhões na cotação de janeiro) para trazer o meia-atacante Dudu, que também era alvo de Corinthians e São Paulo.
PAZ COM AS TORCIDAS
A derrota na final será responsável pelo aumento da pressão sobre os jogadores. A torcida santista está em paz com o clube desde o título do Campeonato Paulista, mas a situação pode piorar caso o time fique fora da Libertadores depois de desperdiçar duas chances claras de classificação. Além da Copa do Brasil, o Santos era o quarto colocado do Brasileirão há duas rodadas, quando decidiu escalar o time reserva contra Coritiba e Vasco.
(*) Uol Esportes
