17/03/2016 14h32 – Atualizado em 17/03/2016 14h32
A Comissão de Vereadores que apura a denúncia sobre irregularidades no serviço de coleta seletiva da cidade ouviu o proprietário e gerente da empresa Financial
Assessoria
A Comissão de Vereadores que apura a denúncia sobre irregularidades no serviço de coleta seletiva da cidade ouviu o proprietário e gerente da empresa Financial, para conhecer detalhes do serviço, e também, qual o volume de resíduos repassado para a Cooperativa Arara Azul.
A oitiva ocorreu hoje, pela manhã, no gabinete do vereador Nilo Candido e foi feita também pelos vereadores Klebinho e apóstolo Ivanildo.
Na oportunidade, o proprietário da Financial, Ivan Garcia de Oliveira e o gerente da empresa Augustus Nunes dos Santos, informaram sobre o serviço de coletas e custos, bem como, quantos caminhões estão disponíveis e a forma como é feita a pesagem.
Foi informado que o valor definido em contrato e repassado a empresa é R$ 74 mil e não R$ 500 mil, conforme denúncia feita ao Ministério Público.
Outra dúvida dos parlamentares era sobre: a pesagem de resíduos, controle da pesagem; pessoal e caminhões disponíveis; local onde é feita a pesagem; participação e responsabilidades da administração municipal.
O presidente da Comissão, Nilo Cândido, informou que as investigações continuam mais pessoas serão ouvidas e que as informações repassadas pelos representantes da Financial são relevantes.
O proprietário da Financial aproveitou a oportunidade para sugerir aos parlamentares a realização de campanhas e projetos tanto pra incentivar a separação de recicláveis pelos moradores da cidade, quanto buscar recursos, previstos na legislação ambiental, que podem ser usados para adquirir maquinário para a cooperativa.
INVESTIGAÇÃO
O trabalho de apuração da Comissão de Vereadores começou em outubro de 2015, quando o MPE (Ministério Público Estadual) encaminhou documentos para a Câmara.
Uma denúncia anônima, feita ao MPE, informa que ocorre “grande desvio de dinheiro público”, no caso da coleta, com repasse de “500 mil reais mensais pelo município para a cooperativa localizada na BR-158”.
O documento diz que o local não conta com licença de funcionamento, que não existe termo de cooperação entre o município e a cooperativa, o que impediria a venda dos materiais recicláveis. Ainda assim, segundo o denunciante, a venda é realizada, para um único comprador e “tudo sem nota e sem qualquer comprovação”. Também são levantadas suspeitas sobre a locação do barracão onde é processada a separação final dos materiais.
(*) Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Três Lagoas
-
Content section component