09/06/2016 16h56
Pela primeira vez na cidade, o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Paulo Storani conversou com o Perfil News sobre o cenário atual político e econômico
Ariane Pontes e Ricardo Ojeda
Desembarcou nesta quinta-feira, dia (9) em Três Lagoas o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Paulo Storani, ele ministrará uma palestra aos colaboradores da Eldorado Brasil.
Paulo foi quem inspirou o principal personagem do filme Tropa de Elite, o Capitão Nascimento. O Perfil News entrevistou Storani que atualmente é um dos palestrantes mais requisitados pelas grandes empresas nacionais.
Ele explicou que é o conceito de Tropa de Elite, “Chama-se Tropa de Elite porque conta com princípios e métodos que regem processo de seleção, execução, acompanhamento constante da avaliação do desempenho individual e coletivo, e de que resultado você está entregando no final”.
CONCEITOS DE DISCIPLINA
Pela primeira vez em Três Lagoas, o ex-capitão do Bope comentou sobre o trabalho que desenvolve há nove anos, levando os conceitos de disciplina utilizada pelo Bope para diversos segmentos que buscam a excelência.
“Venho falando nas minhas palestras da disciplina para tratar processos internos. Mostrando que isso não é exclusividade de equipes militares, mas de todas as equipes que tiveram princípios e conceitos rígidos, mas com qualidade e de acordo com a sua necessidade e principalmente em momentos de crises”, disse.
FLEXIBILIDADE
Em relação ao período de crise econômica vivenciado no país, Storani ressalta, “Disciplina militar aplicadas nas indústrias é algo que faz as companhias sobressaírem à crise, a disciplina é você cumprir aquilo para aquilo que você se destina, não adianta você ter uma estrutura muito flexível, ser disciplinado dentro daquilo que foi previsto, mas ela não atende o interesse e resultados que se pretende chegar”, comparou.
Questionado sobre o momento político nacional, e se existiria uma solução, ele sem hesitar disse “O Brasil tem jeito se nos mudarmos os nossos gestores públicos que não sabem gerir nada”.
E explicou o porquê, “Eles colocam os interesses pessoais na frente dos interesses públicos. No Brasil, o que você vê é uma isenção total do compromisso com o país, com pátria e nação. Existe o fortalecimento com projeto de poder de um grupo, de um partido ideologicamente orientado de direita, esquerda ou centro, porém eles estão à frente do que deveriam estar do conceito de nação. Esse é o grande equívoco brasileiro”, finalizou.


