16/06/2016 10h50
Em algumas escolas estaduais e particulares, os alunos foram dispensados das aulas nesta quinta-feira (16) e no IFMS, Campus de Ponta Porã, as provas foram suspensas, como medida de segurança
Patrícia Miranda e Ricardo Ojeda
“Uma cena que nós nunca tínhamos visto. Um tiroteio tão intenso” é assim que descreve ao Perfil News, o jornalista ponta-poranense, P.M.R que ouviu o intenso tiroteio que ocorreu na noite desta quarta-feira (15) em Pedro Juan Caballero (Paraguai) e que culminou na morte de um dos principais chefes do narcotráfico na fronteira, Jorge Rafaat Toumani.
Escute o áudio
Conforme ele, a desordem teve início às 18h30 próximo ao mercado municipal da cidade paraguaia e se instalou uma sensação de pânico também na cidade de Ponta Porã. “Tentaram implantar um regime de terror ontem à noite. Crimes dessa natureza são comuns, execuções. Foram vinte minutos de tiros, perseguição no centro da cidade e o aparato de guerra era impressionante porque há unidades do Exército e da Marinha no Mato Grosso do Sul que não tem armas como aquelas que servem para derrubar avião”, disse impressionado com o ataque.
Informações divulgadas até o momento revelam que do confronto, além da morte de Rafaat, três ficaram feridos e quatro estão presos, no entanto não há explicações se são da segurança pessoal ou inimigos de Rafaat.
O jornalista disse ainda que um grande número de pessoas participou do atentado. “Recebi informações do Chefe da Polícia Nacional de Pedro Juan Caballero, que durante o ataque foram envolvidos 30 seguranças particulares e 70 pessoas contra ele”, disse ao Perfil News. O tiroteio aconteceu próximo a uma unidade da Polícia Paraguaia conhecida como “Investigaciones”. “Como houve certo tempo do tiroteio, eles (Polícia) foram até o local e houve troca de tiros e perseguição por parte da polícia”, acresceu.
Um hospital paraguaio que fica nas proximidades do atentado foi o responsável pelo atendimento dos feridos. “Houve pessoas feridas à bala e foram encaminhadas para o Hospital San Lucas, mas há boatos que os envolvidos no tiroteio ameaçaram médicos e enfermeiros, só que ninguém oficialmente confirmou”, comentou o jornalista de Ponta Porã.
REDES SOCIAIS
Durante o ataque, os moradores da fronteira utilizaram o aplicativo de troca de mensagens “WhatsApp” para alertarem sobre o ocorrido e pedir para que a população não saísse de casa em forma de um “toque de recolher”, pois em outros pontos das cidades poderiam haver novos confrontos.
O jornalista é administrador de um grupo do WhatsApp da imprensa de Ponta Porã disse que ao longo do acorrido recebeu informações em tempo real. “Recebi áudios e fotos no momento em que aconteceu o tiroteio e como o WhatsApp não tem filtro por parte dos seus integrantes, uma foto do corpo de Jorge vazou. Caiu na rede e não sei se foi registrada dentro do hospital ou da funerária”, explicou.
Por intermédio da rede social Facebook, familiares de moradores na fronteira demonstravam imensa preocupação e através do aplicativo, notícias eram repassadas. Uma jovem que morou em Ponta Porã e reside em Blumenau (Santa Catarina) pediu proteção à família e a todos. Em outra postagem um ponta-poranense que trabalha em Pedro Juan Caballero, afirmou que está tudo tranquilo “Bom dia Amigos!! Obrigado pela preocupação aos que me mandaram mensagens! Graças a Deus comigo e com minha família está tudo bem, e a fronteira está tranquila, comércio aberto, enfim…” menciona o post.
VELÓRIO
O velório de Jorge Rafaat acontece neste momento no Memorial Pax Primavera na Avenida Brasil em Ponta Porã e o seu perímetro está fechado e a Polícia Militar de Ponta Porã reforça a segurança do local.
O Perfil News entrou em contato com funcionários da funerária que informaram que o sepultamento de Rafaat será às 11h no Cemitério Cristo Rei em Ponta Porã.










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