28/06/2016 10h30
Policias Civis estenderam faixa em forma de protesto no aeroporto com os dizeres: “Bem-vindos ao inferno”
Categoria realizou ontem, dia (27) paralisação em protesto contra a precariedade das condições de trabalho no Rio de Janeiro
Ariane Pontes com informações
Agentes da policia civil do Rio de Janeiro realizaram ontem, dia (27), um protesto contra a precariedade nas condições de trabalho no estado. Uma faixa foi estendida pelos policiais no desembarque com os dizeres (em inglês): “Bem-vindo ao inferno: policiais e bombeiros não recebem, quem vier ao Rio de Janeiro não estará seguro”.
A paralisação aconteceu 39 dias antes, de a cidade receber o maior evento esportivo do mundo, os Jogos Olímpicos. O governador em exercício Francisco Dornelles decretou, no dia (17), estado de calamidade pública devido à crise financeira que o Estado vive. Essa foi a primeira vez na história de RJ que essa situação aconteceu.
Entre as principais reclamações estão o parcelamento dos salários, redução da estrutura nas delegacias, falta de papel higiênico, material básico de trabalho básico como caneta e papel para a impressão de boletins de ocorrência os contratos terceirizados com trabalhadores da limpeza e assistência social estão vencidos.
Ainda ontem, os agentes se vestiram de preto simbolizando luto pela categoria trabalho em frente à sede da chefia da corporação, na Lapa.
Fabio Neira, presidente da Coligação dos policiais civis do Rio de Janeiro, que organizou o protesto, disse em entrevista que a categoria é muito cobrada pela sociedade, trabalha sob risco e não tem condições para exercer suas funções plenamente.
Já o governador em exercício disse que o dinheiro pra manter a frota da polícia em operação termina na sexta-feira (1º). O governo está aguardando a ajuda de quase R$ 3 bilhões prometida pela União. O governador disse que espera que esse dinheiro seja transferido até quinta-feira (30).
Em nota, o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, reconheceu que os policiais têm trabalhado com profissionalismo para defender a sociedade, mesmo com gratificações e salários atrasados e que a secretaria aguarda a liberação dos recursos federais para honrar seus compromissos e dar aos policiais a serenidade necessária para proteger a população.
(*) Com informações G1 Rio de Janeiro