15/12/2016 08h57
Através de parcerias com; BID, BNDES, Instituto Arapyaú, Instituto Votorantim, Fibria e CAIXA, Três Lagoas será a primeira cidade não capital, e pioneira no Mato Grosso do Sul, a ter um plano voltado para aumentar a qualidade de vida de seus habitantes e preparar a cidade para o desenvolvimento sustentável
Assessoria
A parceria formada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Instituto Arapyaú, Instituto Votorantim, Fibria CAIXA e Prefeitura Municipal, realiza o lançamento do Plano de Ação Três Lagoas Sustentável nesta sexta-feira (16), nas faculdades Aems, a partir das 9h.
O evento contará com a presença do Marcelo Castelli, presidente da Fibria; Marcia Casseb, Coordenadora do Programa Cidades Emergentes e Sustentáveis do BID; Cloves Carvalho, diretor do Instituto Votorantim; Alexandre Schneider, diretor do Instituto Arapyaú; assim como de autoridades e representantes da sociedade local.
O Plano de Ação tem como objetivo apoiar o município a traçar um planejamento estratégico na rota do seu desenvolvimento, a partir de uma iniciativa intersetorial e apartidária, conduzida de forma participativa e em estreito relacionamento com a sociedade.
Durante o evento, serão apresentados os resumos técnicos dos estudos realizados sobre a cidade, os temas considerados críticos, assim como as propostas de ações e a importância da participação cidadã.
“Três Lagoas vive um momento ímpar e temos orgulho de fazer parte dessa história. Para continuar trilhando um caminho de sucesso, é preciso o engajamento da sociedade civil, iniciativa privada e governos. O Projeto Três Lagoas Sustentável faz esse convite de como podemos pensar juntos para planejar o desenvolvimento sustentável”, diz o presidente da Fibria, Marcelo Castelli.
Para a elaboração do Plano de Ação, desde março deste ano foram realizadas diversas ações balizadas por uma das metodologias do projeto, Programa Cidades Emergentes e Sustentáveis (CES), do BID, e conduzidas por grupos técnicos e representativos de forma articulada entre poder público, setor privado e sociedade civil organizada.
Todo o material foi reunido em um documento que propõe ações para o desenvolvimento sustentável de Três Lagoas a partir da priorização dos temas considerados críticos, bem como traz propostas de soluções para o crescimento e desenvolvimento da cidade no curto, médio e longo prazos.
“A experiência em Três Lagoas foi a segunda no campo da construção participativa de um planejamento estratégico municipal de que participamos (a primeira foi realizada em Sobral/CE). E, em ambos os casos, a aprovação local e a consistência das propostas contidas nos planos nos dão segurança para continuar investindo, a partir das empresas do Grupo Votorantim e em conjunto com os parceiros, neste modelo de apoio à gestão pública, que tem o potencial de promover transformações estruturantes e duradouras nos municípios”, afirma Cloves Carvalho, Diretor do Instituto Votorantim.
“Construir uma visão de futuro compartilhada com a sociedade é o melhor caminho para garantir o desenvolvimento sustentável de Três Lagoas. A melhoria da qualidade de vida nas cidades é responsabilidade de todos: do setor público, do setor privado e da sociedade”, diz Alexandre Schneider, diretor do Instituto Arapyaú.
O Projeto Três Lagoas Sustentável
Iniciado em abril de 2016, o projeto se insere no contexto de uma estratégia do BID para apoiar as cidades médias da América Latina e Caribe a desenvolver estratégias integrada para o futuro e hoje está presente em mais de 70 cidades da região. Em Três Lagoas, o projeto também se pauta nas metodologias do Programa de Apoio à Gestão Pública (PAGP), do Instituto Votorantim, e também na metodologia de mobilização popular do Instituto Arapyaú e de monitoramento cidadão do BID e da CAIXA.
O CES trabalha em três dimensões da sustentabilidade urbana: (i) ambiental e mudança climática; (si) desenvolvimento urbano; e (iii) fiscal e governança. Para isso, faz uso de uma metodologia que incorpora a análise de indicadores, estudos aprofundados sobre o território, parcerias com o poder público e participação cidadã. A Fibria se juntou às instituições para patrocinar o programa em Três Lagoas, onde atualmente constrói a sua segunda linha de produção de celulose.
Em Três Lagoas, o Projeto atuou em três grandes frentes: a primeira consistiu na revisão do Plano Diretor Participativo Municipal (PDR), baseada na metodologia do Instituto Votorantim, conhecida como AGP – Apoio à Gestão Pública), e que foi aprovado dia 06/12 pela Câmara, virando Lei Municipal. A segunda frente consiste no Plano de Ação Três Lagoas Sustentável, cujo lançamento ocorre neste dia 16. A terceira foi o desenvolvimento do Diagnóstico de Competitividade e Desenvolvimento Econômico Local, fruto do Estudo de Base Adicional de Competitividade, que também será lançado no próximo dia 16. O projeto em Três Lagoas é o primeiro no Brasil que reúne as metodologias do BID, do Instituto Votorantim e BNDES, e do Instituto Arapyaú.
As dimensões trabalharam com 30 temas e 129 indicadores. Para a priorização dos temas mais críticos da cidade. Os técnicos consideraram não só o levantamento de dados, mas também o resultado da Pesquisa de Opinião Pública, que permitiu avaliar a perspectiva da população acerca da cidade, e as discussões do Grupo Gestor local, formado por 40 representantes de 31 instituições da cidade.
A CAIXA também vem apoiando o Projeto Três Lagoas Sustentável no âmbito da implementação de uma rede de Monitoramento Cidadão realizado também em parceria com o BID, em parceria da empresa Baobá. O monitoramento, em Três Lagoas, iniciou-se ainda durante a fase de diagnóstico da metodologia, com as contribuições do Grupo Gestor.
Para a aplicação da metodologia, o projeto contou como suporte de duas empresas para realização dos Estudos de Base: a IDOM, que realizou os estudos de expansão da mancha urbana, inventário de gases de efeito estufa e avaliação dos riscos a desastres naturais. A Ernst & Young fez um levantamento sobre a competividade da economia de Três Lagoas. Já a metodologia CES foi aplicada pela Synergia Consultoria, sob a supervisão do BID, em cooperação com as equipes das instituições envolvidas e da administração municipal.
Três Lagoas é o sexto município do Brasil e o primeiro não capital de estado a ser beneficiado com o CES, sendo a primeira parceria da metodologia com o setor privado. Além disso, a cidade também será a primeira do Brasil a receber um estudo adicional de competitividade, o que confere um caráter inovador ao Projeto Três Lagoas Sustentável.
Sobre a Fibria
Líder mundial na produção de celulose de eucalipto, a Fibria é uma empresa que procura atender, de forma sustentável, à crescente demanda global por produtos oriundos da floresta. Com capacidade produtiva de 5,3 milhões de toneladas anuais de celulose, a companhia conta com unidades industriais localizadas em Aracruz (ES), Jacareí (SP) e Três Lagoas (MS), além de Eunápolis (BA), onde mantém a Veracel em joint-operation com a Stora Enso. A companhia possui 969 mil hectares de florestas, sendo 568 mil hectares de florestas plantadas, 338 mil hectares de áreas de preservação e de conservação ambiental e 63 mil hectares destinados a outros usos.
A celulose produzida pela Fibria é exportada para mais de 40 países. Em maio de 2015, a Fibria anunciou a expansão da unidade de Três Lagoas, que terá uma nova linha com capacidade produtiva de 1,95 milhão de toneladas de celulose por ano, e entra em operação no quarto trimestre de 2017. Saiba mais em Fibria.
(*) Fibria | MS
