22/03/2017 09h01
Campo Grande amanheceu ontem sob os holofotes da Polícia Federal. Tratava-se da ‘Licitante Fantasma’, operação para desarticular uma organização criminosa envolvida com a Comprasnet, ferramenta de pregão eletrônico do governo federal em licitações presenciais em Mato Grosso do Sul. Gente presa e tudo. Mas o barulho reverberou mesmo foi entre aqueles que vivem de sobressaltos depois de terem recebido a visita indesejada dos homens da lei.
DUREZA
Por falar em lei, alvo da operação Lama Asfáltica, Edson Giroto (PR) teve dinheiro de suas contas bloqueado pela Justiça de MS. Ao todo, R$ 5,7 milhões dele e de mais 14 pessoas envolvidas no caso estão indisponíveis depois que o juiz o colocou sob suspeita de improbidade administrativa. O fato se deu em 2014, quando ele era secretário de Obras na gestão do então governador André Puccinelli (PMDB). Ele já esteve preso e é um dos principais alvos da operação.
DESGASTE
Pesquisas têm demonstrado que as vagas de Mato Grosso do Sul à Câmara Federal e ao Senado serão muito disputadas nas eleições do ano que vem. Para manterem-se em Brasília, os atuais titulares vão ter que suar a camisa para não ficarem pelo meio do caminho. Novos nomes têm surgido com força no cenário político e podem perfeitamente destronar os atuais titulares. As duas vagas do PT na Câmara, por exemplo, estão comprometidas. Zeca e Vander estão na mira da Justiça.
PAINEL
A Comissão Especial da Reforma Política promoverá uma mesa redonda nesta quarta-feira (22), com a presença de especialistas estrangeiros. Entre outros temas, o colegiado discute sistemas eleitorais, financiamento de campanhas e participação social. Participarão do debate representantes dos Estados Unidos, México, Portugal e da Espanha. Resta saber qual o aproveitamento que os parlamentares brasileiros vão tirar disso tudo.