24/11/2017 16h46
Ele o juiz mais ameaçado do Brasil por atuar no combate ao crime organizado. ‘’Não quero ao meu lado pessoas envolvidas com corrupção’’, disse
Lucas Gustavo
Aposentado, Odilon de Oliveira, de 68 anos, juiz mais ameaçado do Brasil por atuar no combate ao crime organizado, anunciou, nesta sexta-feira (23), em Três Lagoas, que é pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul nas eleições 2018. Para concorrer ao cargo, ele filiou-se ao PDT (Partido Democrático Trabalhista) que, no município, tem como presidente do diretório o médico Issam Fares Júnior.
‘’Só não serei candidato se as convenções, ainda não marcadas, mas que ocorrerão dentro do prazo da Lei, decidirem de maneira diferente, mas tudo está a indicar que minha vontade será acatada pelo partido, já que decorre de um consenso’’, explicou o magistrado.
Segundo Odilon, honestidade e o cumprimento da legalidade serão os pontos principais de sua campanha. ‘’ Sem isso não há coisa nova’’, disparou ele. Ao Perfil News, o pré-candidato disse que pretende ‘gerenciar’ o Estado, caso eleito.
‘’Eu, sinceramente, não pretendo agir como político e, logicamente, não como juiz; pretendo ser um administrador. O sujeito pode ser um administrador sem ser político. O mais importante é administrar com lealdade os interesses públicos; pretendo ser isso’’, considerou Odilon.
EXIGÊNCIA
Para se lançar pré-candidato ao governo de Mato Grosso do Sul, o juiz explicou que exigiu do PDT que, de maneira alguma, quer do seu lado pessoas envolvidas com atos imorais.
‘’A primeira vez que me encontrei com a direção nacional do partido, eu disse que jamais subirei em palanque com pessoas envolvidas em corrupção, porque seria uma negação ao meu passado. Essa foi uma condição que impus ao PDT’’, relevou Odilon.
‘’A população de Três Lagoas e de todo o Mato Grosso do Sul precisa renovar sua esperança não só com o Estado, mas com um Brasil novo. Precisamos de uma mudança radical na política, no sentido em que a ética é que se deve ser o guia constante de cada pessoa’’, acrescentou.
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