06/08/2018 14h58
São esperados profissionais, pesquisadores e acadêmicos do setor agrícola
Redação
Começa nesta segunda-feira (6) e prossegue até o dia 10 de agosto, o 55º Congresso Brasileiro de Olericultura (55º CBO) e o Encontro Latino-Americano de Horticultura, realizados pela primeira vez no estado do Mato Grosso do Sul.
O objetivo é apresentar as tecnologias mais recentes sobre o cultivo de verduras, legumes e frutas, promovendo o debate e troca de experiências sobre o setor. Acompanhando a tendência nacional, o foco será produção sustentável, qualidade de vida e estímulo ao consumo.
Paralelo ao 55º Congresso de Brasileiro de Olericultura será promovido o Encontro Latino-Americano de Horticultura em Bonito.
“No ano passado, estive em Lisboa para participar do Congresso Luso-Brasileiro de Olericultura e, em 2019, será a vez de o Brasil sediá-lo. Então, agora, este congresso servirá de espaço de debates já pensando no próximo ano”, informou a presidente da Associação Brasileira de Horticultura (ABH), Tiyoko Nair Hojo Rebouças.
Promovido a cada dois anos, o último congresso foi realizado, em 2016, na capital pernambucana, Recife, região Nordeste do País. Agora, chegou a vez do Centro-Oeste sediar o evento.
“O estado de Mato Grosso do Sul foi nomeado para esta edição de 2018 pela localização estratégica e o alto potencial produtivo em olericultura. Sabemos da relevância do evento e acreditamos que esta ação vai movimentar positivamente a cidade de Bonito. É um município de grande potencial turístico e gastronômico e por isso, também, tem grande apelo na produção sustentável em seu entorno, inclusive, cidades vizinhas”, disse a presidente da ABH, Tiyoko.
PROGRAMAÇÃO
Durante o congresso técnico-científico serão abordadas diferentes linhas temáticas, tais como: hortaliças orgânicas, plantas medicinais, cultivo protegido (estufas), produção de hortaliças no cerrado, demandas e tendências do mercado consumidor no Brasil, sustentabilidade na olericultura, riqueza e potencial de usos de olerícolas nativas na Mata Atlântica, desafio e oportunidades na olericultura para a agricultura familiar, cultura da batata-doce, alho, tomate e cebola, compras públicas da agricultura familiar, uso eficiente da água na olericultura, manejo agroecológico do solo.
Atualmente, cerca de 80% das hortaliças consumidas pelos brasileiros advém da agricultura familiar. Portanto, este é o setor que basicamente sustenta nossa alimentação em se tratando de folhosas, isso sem adentrar na sua representativa em fruticultura, mel, ovos, leite, peixe, etc.
A excelente condição para a olericultura em Mato Grosso do Sul devido às características de topografia e chuvas bem distribuídas, um ambiente agrícola propício para a prática, e a necessidade de estreitar as relações entre a pesquisa (meio científico), e o campo (agricultores familiares e técnicos de Ater – Assistência Técnica e Extensão Rural) também são pontos que foram levados em consideração para a promoção do congresso no Estado.
Outro ponto a ser pensando é a questão da rota bioceânica que pode auxiliar os diálogos e intercâmbio de tecnologia e comercialização de determinados alimentos.
Estão confirmadas participação de palestrantes de quatro países da América do Sul: Colômbia, Peru, Chile e Paraguai.
(*) Correio do Estado