19/11/2018 10h13
Conforme a PMA, os policiais foram ao local para investigar a origem dos sedimentos que caíram na água
Redação
A chuva de sexta-feira (16) arrastou a lama que caiu no Rio da Prata e trocou o visual cristalino pela cor marrom. A situação é denunciada por proprietários de pesqueiro e do balneário em Jardim, a 233 km de Campo Grande.
Motivada por denúncias de moradores, a PMA (Polícia Militar Ambiental) enviou equipes ao local.
Uma das proprietárias do balneário de Jardim, Henriqueta Rodrigues afirma que a água continua turva desde sexta-feira, após mais de uma hora de chuva.
Segundo a proprietária, o rio deve demorar alguns dias para voltar ao tom cristalino. Conforme a PMA, os policiais foram ao local para investigar a origem dos sedimentos que caíram na água.
Mata ciliar
A denúncia foi feita pelos donos do Seu Assis Camping e Balneário, que fica a 35 km da área urbana de Jardim, que registraram imagens do rio cheio de lama. O que denunciam é que a proximidade das lavouras, que causam desmatamento e retiram a mata ciliar, e dessa forma, agravam a situação.
“Toda vez que chove fica assim, mas não desse jeito, de uns tempos para cá piorou. É a atividade perto do rio que prejudica. Têm maneiras de se fazer para não deixar a terra vermelha, esse barro, cair para dentro da água”, afirmou Diego Scherer Luciano, um dos donos e que trabalha diariamente no balneário.
Para o coronel reformado Ângelo Rabelo, que hoje atua no Instituto Homem Pantaneiro, há diversos fatores que prejudicam as águas, desde a manutenção das estradas vicinais que cruza o Prata. “Nós também temos o problema do banhado, que está na Justiça. Estamos brigando para que o banhado seja transformado em uma área protegida”.
(*) Informações Campo Grande News