Assim como em todo o país, agências estão fechadas hoje também em Mato Grosso do Sul
Bancários do Banco do Brasil entraram em greve nesta quarta-feira, 10, após assembleias realizadas em todo o país na sexta-feira, 5.
A paralisação nacional deve durar 24h hoje e acontece contra a reestruturação da empresa. Todas as bases da Federação dos Bancários do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN) aprovaram a greve. A aprovação do estado de greve e da paralisação foi superior a 80% no país.
Os bancários do Banco do Brasil da base do Sindicato de Campo Grande e região (SEEBCG-MS) também aprovaram a proposta depois de votação virtual em assembleia. A aprovação foi de 79,17%.
Tanto o estado de greve quanto a paralisação foram propostos pela Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB), como forma de abrir negociação com a direção do banco em relação aos impactos da redução da remuneração, em até 70%, e outros gerados pela extinção da função de caixa executivo, fechamento de agências, postos de atendimento e escritórios de negócios. A negociação é importante também para que sejam conhecidos detalhes do plano de redução da estrutura do banco que continuam sem divulgação.
“Já fizemos uma paralisação contra o desmonte do Banco do Brasil em janeiro e ficamos muito satisfeitos com a adesão em massa em todo o país. Dialogamos com os bancários, com a população e agora precisamos dar o nosso recado novamente. Repetir o sucesso dessa nova paralisação depende do envolvimento de cada um dos trabalhadores”, reforça a presidente do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues.
A reestruturação pretende fechar 361 unidades – sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento –, descomissionar centenas de funções e fechar 5 mil postos de trabalho, em um aprofundamento da diminuição do Banco do Brasil.
“Os funcionários mostraram que querem negociar. Exigem que o banco seja transparente com relação ao plano que está em implantação. Queremos saber quantas e quais agências serão fechadas, quantos funcionários serão afetados e o que o banco pretende fazer para que os trabalhadores não sejam, mais uma vez, prejudicados”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.