Vítimas tinham entre 12 e 14 anos; homem, que filmava os abusos, já havia sido condenado por estupro de vulnerável em 2015 e desligado do Lar Beneficente, mas foi novamente contratado
Um professor de de educação física de 32 anos foi preso nesta quarta-feira (5), suspeito de estuprar cinco meninas que eram atendidas em um lar beneficente onde ele trabalhava, no bairro Tiradentes, em Campo Grande.
Segundo a delegada da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente (Depca), Franciele Candotti, o caso é investigado há pelo menos dois meses e nessa quarta (5), cumpriu os mandados de busca e apreensão contra o suspeito.
Conforme a polícia, contra o professor foram encontrado provas que permitiram a prisão dele em flagrante. Em um computador, os policiais também encontraram vídeos e fotos que identificaram as vítimas e a instituição onde dava aula.
“No local ele passou a ganhar confiança das meninas e com elas praticaram vários atos libidinosos, inclusive, usando as dependências do Lar, principalmente as salas de informática”, explicou.
Segundo a Polícia Civil, o homem ‘ensinava’ as meninas a como fazer sexo oral nele e também como deviam mandar nudes.
Cinco adolescentes de 12, 13 e 14 anos foram identificadas como vítimas do professor. Os abusos ocorriam na sala de informática e ele, inclusive, filmava as meninas fazendo sexo oral. A atual diretora reconheceu a sala onde os estupros aconteciam. O homem compartilhava até senha da Netflix para ganhar a confiança das alunas.
De acordo com a delegada, o suspeito filmava os atos libidinosos e trocava fotos íntimas com as garotas, tudo dentro da instituição. “Ele vem praticando esses delitos há anos, porque em 2015, ele foi condenado pela prática desse crime [estupro de vulnerável]. Na época, ele foi desligado do Lar e depois foi novamente contratado e lá, ele ficou mais seis anos”, explicou.
De acordo com as investigações, em 2015 o desligamento ocorreu por ter abusado sexualmente de uma aluna, menor de idade, que não teve a idade informada. Na época, ele a puxou pelo braço, tirou a roupa e a obrigou a masturbá-lo. Ela o denunciou e o professor foi condenado pelo crime de estupro de vulnerável, mas conseguiu recorrer em liberdade.
“O que mais espanta é que ele foi demitido porque mexeu com uma menina na sala de informática e foi registrado boletim de ocorrência, ele foi condenado e mesmo assim a gerente na época o recontratou e lá ele ficou por mais 6 anos”, lembra à delegada. Segundo ela, a responsável na época acreditou no professor e não na vítima. Em 2019 ele voltou a ser demitido, mas “por problemas administrativos”.
O suspeito foi ouvido e alegou que houve consentimento por parte das vítimas, mas como são todas menores de 14 anos, ele irá responder por estupro de vulnerável.
Conforme a delegada, o alerta é para que, caso haja outras vítimas, a denúncia seja feita à polícia.
(*) Informações do G1 e Campo Grande News