Raimundo Nonato Gomes Pereira, vulgo “Batata”, foi considerado culpado pelo Conselho de Sentença do Tribunal do Júri de Paranaíba pela morte de José Francisco da Silva Souza no dia 13 de novembro de 2022, na avenida Quedu Leal, próximo a uma casa de festa, no Jardim América.
José Francisco foi morto com uma facada no coração desferida por Batata durante uma discussão.
Na decisão, o juiz da vara criminal, Dr. Edmilson Barbosa Ávila, fixou a pena em 15 anos, 7 meses e 15 dias, a ser cumprido em regime fechado.
Em quase cinco horas de julgamento, foram ouvidas testemunhas e interrogatório do réu. Os sete jurados escolhidos acompanharam com atenção a sessão.
O réu, de 35 anos, natural do Maranhão, disse não acreditar na morte do amigo, tanto que depois de consumado o ato, depois de quase oito horas de bebedeira, foi dormir em casa, o sono profundo sob efeito do álcool.
Posicionamento dos advogados
O promotor do MPMS, Dr. Bolívar Luiz da Costa Vieira, ressaltou que o Ministério Público cumpre sua missão, sem ódio contra pessoas, mas com obrigação de responsabilizar quem comete crimes.
Já o advogado de defesa, a cargo do Dr. Gabriel de Carvalho, tentou a absolvição do réu com base na legítima defesa e na desqualificação do inquérito policial.
Gabriel disse que o inquérito foi concluído com o depoimento de pessoas bêbadas e mentiras tio da vítima, conhecido como “Gabiroba”.
Relembre o caso
Naquela noite, por volta de 4h30 da manhã, estavam os três bebendo no estabelecimento conhecido como Estica Teta, quando começaram a discutir por motivos controversos.
No primeiro depoimento, Raimundo teria dito que começaram a discutir por causa de uma mulher que supostamente teria um caso com a vítima.
No entanto, durante questionamento do presidente do Júri, Dr. Edmilson Ávila, o réu negou que estivesse de olho em alguma mulher, e que a discussão começou porque ele se negou a pagar mais cervejas para a vítima.
Uma faca doméstica foi utilizada por “Batata” para um golpe único que acabou atingindo o coração e provocando a hemorragia e morte da vítima.
Respondendo às perguntas, o réu admitiu estar arrependido, pois não queria que aquilo acontecesse.
Em seguida ao julgamento, Raimundo foi conduzido ao Presídio de Paranaíba, onde já estava preso.
