A Polícia Federal (PF) prendeu nesta quarta-feira (8) dois brasileiros recrutados pelo grupo radical libanês Hezbollah.
Os homens planejavam atacar prédios da comunidade judaica no Brasil. De acordo com informações do site Metrópoles, a ação foi batizada de Operação Trapiche.
Segundo a PF, o objetivo da operação era interromper atos preparatórios de terrorismo e obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país. Os alvos são terroristas ligados ao Hezbollah e que planejavam ataques em diversos estados do Brasil.
Os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão foram cumpridos em São Paulo, Minas Gerais e no Distrito Federal. Um dos alvos foi preso no Aeroporto de Guarulhos.
Se condenados, os criminosos responderão pelos crimes de constituir ou integrar organização terrorista e de realizar atos preparatórios de terrorismo. As penas máximas para esses crimes somadas chegam a 15 anos e 6 meses de reclusão.
Os crimes previstos na Lei de Terrorismo são equiparados a hediondos, considerados inafiançáveis, insuscetíveis de graça, anistia ou indulto. O cumprimento da pena para esses crimes se dá inicialmente em regime fechado, independentemente de trânsito em julgado da condenação.
A operação da PF é um importante golpe contra o terrorismo no Brasil. A ação demonstra a determinação das autoridades brasileiras em combater esse tipo de crime.
Balanço da ação
- MG: sete mandados de busca e apreensão cumpridos
- DF: três mandados de busca e apreensão cumpridos
- SP: um mandado de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária cumpridos
O que é Hezbollah
O Hezbollah é uma organização libanesa que surgiu durante a guerra civil naquele país, na década de 1980. Influenciado pelo Irã e apoiado pela Síria, o grupo concentra-se na resistência contra Israel e na promoção da influência xiita no Oriente Médio.
A organização surgiu em resposta à ocupação israelense do sul do território libanês. Apoiado pelo Irã, o Hezbollah se tornou uma força de resistência contra Israel. Sua ala militar é considerada uma das mais poderosas da região e lançou ataques contra alvos israelenses