Na manhã desta terça-feira (16), a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio da Delegacia de Costa Rica, com apoio da ENERGISA e da Unidade de Perícias, deflagrou operação para identificar fraudes em medidores de energia elétrica de residências e comércios.
Após investigações do Núcleo de Inteligência, com dados da concessória, foram constatadas divergências de informações sobre o consumo de energia, razão pela qual as equipes policiais, peritos e de técnicos da Energisa foram aos imóveis para vistoria dos padrões de mais de seis imóveis das cidades, nos quais foram constatadas as fraudes pela perícia oficial. Os moradores foram encaminhados à Delegacia de Polícia para prestarem os devidos esclarecimentos e poderão responder pelo crime de furto de energia elétrica.
A subtração de energia pode configurar os crimes dos artigos 155 (furto) e 171 (estelionato), ambos do Código Penal brasileiro. Além disso, pode causar acidentes fatais devido às ligações clandestinas, que podem provocar incêndios e explosões, sendo a segunda maior causa de morte no país relacionada à energia elétrica.
Outro fator de importância é que grande parte do prejuízo com as fraudes é direcionado mensalmente aos demais consumidores, que acabam arcando com parte do custo inerente à reposição das perdas decorrentes destas ligações clandestinas, que chegam a R$ 175 milhões, no Mato Grosso do Sul e que encarecem a conta em até 10%, conforme autorização da agência reguladora do setor, a Aneel.
As fraudes, mais conhecidas como “gato”, trazem sobrecarga da rede elétrica e podem piorar a qualidade do serviço prestado, deixando o sistema mais suscetível a interrupções e oscilações de energia. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), estima que as fraudes no Brasil são gigantescas, representando mais do que 31,5 mil gigawatts, o que pode sustentar imóveis em grande parte do Estado do Mato Grosso do Sul.