O botijão de gás de cozinha de 13 quilos, amplamente utilizado em residências de Mato Grosso do Sul, sofreu um aumento de 20% e poderá custar até R$ 150,00 a partir de terça-feira (18), dependendo da região e das condições de entrega.
Segundo Vilson de Lima, presidente do Simpergasc-MS (Sindicato das Micros, Pequenas Empresas e Revendedores Autônomos de GLP, Gás Canalizado e Similares de Mato Grosso do Sul), a alta se deve a vários fatores, principalmente à nova política de precificação da Petrobras.
Conforme o site Midiamax, desde novembro de 2024, a Petrobras passou a adotar ajustes mensais nos preços do gás de cozinha por meio de leilões, o que tem impactado diretamente os valores pagos pelas distribuidoras e, consequentemente, pelos consumidores.
Além disso, a alta do dólar e o aumento dos custos logísticos nos últimos meses agravaram ainda mais a situação. “Os revendedores estão enfrentando dificuldades para manter uma margem de lucro adequada, considerando a disparada nos preços pagos às distribuidoras e o aumento dos custos operacionais, principalmente relacionados à distribuição”, explica Vilson.
Atualmente, o preço do gás varia entre R$ 115,00 e R$ 125,00, mas com o novo reajuste, pode chegar a R$ 150,00 em algumas localidades.
O aumento ocorre menos de uma semana após o último reajuste, registrado no dia 14 de março. Antes disso, em dezembro do ano passado, o gás de cozinha já havia subido R$ 0,63 por botijão, conforme comunicado da Copa Energia, maior distribuidora das marcas Copagaz e Liquigás.
Pesquisas do Procon-CG mostram que, em outubro de 2023, o botijão de 13 kg chegou a custar R$ 130. Com os novos reajustes, os preços podem variar entre R$ 110 e R$ 140 em Mato Grosso do Sul.
Para Vilson, a alta impacta diretamente as famílias mais carentes. “O aumento do gás pode pesar ainda mais no orçamento doméstico, especialmente com a proximidade das festas de fim de ano”, conclui.
