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sexta-feira, 13 de junho de 2025

MS tem taxa de escolarização infantil abaixo da média do País, aponta IBGE

57,5% das crianças de zero a cinco anos estão matriculadas na escola no Estado

A taxa de escolarização de crianças entre 0 e 5 anos em Mato Grosso do Sul alcançou 57,5% em 2024, segundo dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice coloca o Estado na 10ª colocação no ranking nacional, abaixo da média brasileira, que é de 58,8%.

Entre os estados com maior taxa de escolarização infantil nessa faixa etária, São Paulo lidera com 70,2%, seguido por Santa Catarina (66,7%) e Ceará (60,8%). Na outra ponta, os piores índices foram registrados no Amapá (30,1%), Amazonas (38,7%) e Acre (40,2%).

Apesar de não figurar entre os primeiros, Mato Grosso do Sul apresenta desempenho superior a todos os estados da região Norte e a maioria do Nordeste. O estado também supera vizinhos como Mato Grosso (54%) e Goiás (50,9%), ficando atrás apenas do Distrito Federal (58,2%) na região Centro-Oeste.

A taxa de escolarização na primeira infância é considerada um dos principais indicadores de desenvolvimento social, já que o acesso à educação nos primeiros anos de vida tem impacto direto no desempenho escolar futuro, na redução das desigualdades e na melhoria da qualidade de vida.

Ingresso em universidades

Ainda segundo dados do IBGE divulgados nesta sexta-feira (13), o número de estudantes de ensino superior que cursaram o ensino médio exclusivamente em escolas públicas no Centro‑Oeste passou de 583 mil, em 2016, para 695 mil, em 2024 — um salto de 19,2 %.

O ritmo de crescimento fica atrás apenas do observado na região Norte (47,9 %) e supera as variações do Nordeste (14 %), Sul (12,8 %) e Sudeste (11,7 %).

Apesar de um leve recuo em 2017 (567 mil), o Centro‑Oeste retomou a curva ascendente já em 2018 e, após a interrupção estatística dos anos de pandemia, consolidou novo pico em 2024.

Especialistas atribuem o avanço a dois fatores principais: a interiorização de campi federais — com destaque para a Universidade Federal de Jataí (GO) e a Universidade Federal de Rondonópolis (MT) — e o amadurecimento das políticas de cotas, que ampliaram a competição por vagas entre egressos da rede pública.

Em termos absolutos, o Sudeste continua concentrando o maior contingente de alunos de escolas públicas (2,83 milhões em 2024), mas sua taxa de crescimento no período (11,7 %) ficou bem abaixo da verificada no Centro‑Oeste.

(*) Campo Grande News

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