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segunda-feira, 23 de junho de 2025

JBS cria empresas para transformar resíduos em produtos de alto valor agregado

Companhia investe em economia circular para eliminar desperdícios e maximizar o uso dos recursos

Há cerca de 20 anos, a JBS abraçou o tema da economia circular. A companhia adota o conceito nas operações, reutilizando, recuperando e reciclando os resíduos. Para se ter uma ideia, 99% dos materiais de cada bovino processado são aproveitados. Em aves e suínos, o porcentual é de quase 95%, conforme a empresa.

Isso significa um uso que vai muito além da carne que abastece milhões de famílias no Brasil e nos 150 países importadores da produção da JBS.

O modelo de produção da economia circular elimina desperdícios e maximiza o uso eficiente de todos os recursos. Os resíduos de um processo são reutilizados como matéria-prima em outro, criando um fluxo contínuo que contribui para a redução do lixo produzido e da necessidade de extração de novos recursos.

A grande responsável por esse trabalho é a JBS Novos Negócios, empresa do grupo que foi fundada em 2009 e atualmente conta com 6 mil profissionais que atuam nas 13 linhas de negócios e é pioneira no aproveitamento de resíduos industriais.

“Reunimos operações que transformam os subprodutos e materiais não aproveitados do processamento da carne bovina, suína e de aves em produtos de alto valor agregado em áreas como biodiesel, colágeno, envoltórios para embutidos, rações, insumos fármacos, materiais de higiene e limpeza”, destaca Nelson Dalcanale, presidente da JBS Novos Negócios.

A economia circular na prática

O negócio principal da JBS é produzir alimentos. Tudo que não é aproveitado para esse fim se torna resíduo que seria descartado sem a aplicação dos conceitos de economia circular.

Os ossos e hemoglobina, por exemplo, são matéria-prima para rações de animais. O couro, também. A superfície do material é aproveitada para confecção de calçados, bolsas, estofados etc. Já a camada de baixo é transformada em colágeno.

A Genu-in, empresa da JBS Novos Negócios, produz 12 mil toneladas de colágeno e gelatina por ano. O Orygina usa colágeno para fornecer produtos para a indústria farmacêutica, centros de pesquisa e outros mercados focados em tecnologia.

Já a Novapron+ produz soluções proteicas de alta funcionalidade a partir de colágeno bovino que melhoram a textura, suculência, rendimento e estabilidade de alimentos.

“Para cada resíduo temos que achar uma destinação e tratar de agregar valor e não poluir o meio ambiente”, afirma Dalcanale.

Outros negócios são ligados ao reuso de matérias-primas como óleo, plástico e esterco. A Ambiental desenvolve produtos e soluções a partir de resíduos industriais sólidos a ainda gerencia e trata itens não recicláveis, rastreando o ciclo de vida e garantindo que sejam descartados adequadamente. Nos últimos 10 anos, a empresa foi responsável por reciclar mais de 40 mil toneladas de plásticos, que são transformados em sacos, embalagens, móveis, pisos e telhas.

A Biopower é uma das maiores produtoras de biodiesel do país, tendo como matéria-prima os resíduos orgânicos gerados pelo processamento de bovinos.

Também utiliza como insumo óleo de fritura usado, recolhido no comércio e nos lares de cidades em que atua. A empresa produz por volta de 550 milhões de litros de combustível limpo por ano e evita aproximadamente 910 mil toneladas métricas de emissões de gases de efeito estufa.

O programa Óleo Amigo da Biopower coletou 25 milhões de litros em 40 cidades de São Paulo, evitando a poluição de 650 bilhões de litros de água – suficiente para abastecer por 16 anos uma cidade de um milhão de pessoas.

Os negócios são tratados como são: unidades independentes, que devem ser autossustentáveis e obter resultados financeiros positivos.

“Os resíduos são comprados a preço de mercado. Mas, em alguns casos, os lucros são reinvestidos para a expansão da produção”, explica Dalcanale. “Para nós, o retorno ambiental que geram é maior do que o valor em receita.”

Ao investir nos negócios baseados no conceito de economia circular, a JBS atua para minimizar o impacto da produção no planeta. “A sustentabilidade está no centro de nossa estratégia e modelo de negócio”, pondera Alexandre Kavati, gerente de Sustentabilidade da JBS. “Atuamos para transformar subprodutos em super produtos e, dessa forma, contribuir para um mundo melhor.”

Sobre a JBS

A JBS é uma das maiores empresas de alimentos do mundo. Com uma plataforma diversificada por tipos de produtos (aves, suínos, bovinos e ovinos, além de plant-based), a Companhia conta com mais de 280 mil colaboradores, em unidades de produção e escritórios em países como Brasil, EUA, Canadá, Reino Unido, Austrália, China, entre outros. No Brasil, a JBS é uma das maiores empregadoras do país, com 158 mil colaboradores. No mundo todo, a JBS oferece um amplo portfólio de marcas reconhecidas pela excelência e inovação: Friboi, Seara, Swift, Pilgrim’s Pride, Moy Park, Primo, Just Bare, entre muitas outras, que chegam todos os dias às mesas de consumidores em 180 países. A empresa investe em negócios correlacionados, como couros, biodiesel, colágeno, higiene pessoal e limpeza, envoltórios naturais, soluções em gestão de resíduos sólidos, reciclagem e transportes, com foco na economia circular. A JBS conduz suas operações priorizando a alta qualidade e a segurança dos alimentos e adota as melhores práticas de sustentabilidade e bem-estar animal em toda sua cadeia de valor, com o propósito de alimentar pessoas ao redor do mundo de maneira cada vez mais sustentável.

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