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quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Ato institucional na ALEMS ecoa voz contra feminicídios em Mato Grosso do Sul

O combate da violência contra a mulher é pauta permanente na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) e na manhã desta quinta-feira (28) mais um ato foi realizado para reafirmar o compromisso de mudança de protocolos, comportamento social e ampliação da rede de proteção na prevenção de novos feminicídios em Mato Grosso do Sul.

Chegando ao final do mês, marcado pela Campanha Agosto Lilás contra a violência doméstica, servidores e deputados se reuniram na rampa da ALEMS com camisetas da Campanha #TodosporElas. O presidente Gerson Claro (PP) foi o primeiro a discursar.

Ato institucional na ALEMS ecoa voz contra feminicídios em Mato Grosso do Sul
Gerson Claro enfatizou a mudança da cultura machista

“Esse ato faz parte da consolidação da rede de proteção que o Mato Grosso do Sul, não como poder público, mas como sociedade, tem criado. Claro que temos as lideranças com as instituições comprometidas, que não negam o problema, mas assumem o compromisso de mudar a realidade. Registro que o machismo cultural existente na nossa educação também se torna o machismo violento. O registro que os 21 deputados homens da ALEMS estão juntos das três deputadas, comprometidos com essa luta, reconhecendo que os homens que são atores principais da violência e precisam fazer o movimento de mudança. Estamos comprometidos”, ressaltou.

Até o fechamento desta matéria, 25 mulheres já foram vítimas de feminicídio em 2025, segundo o Monitor da Violência Contra Mulher, iniciativa do Poder Judiciário, que reúne os dados da Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública. Até o momento também já foram registrados 1.324 boletins de violência doméstica.

A Presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher e Combate à Violência Doméstica e Familiar, a deputada estadual Mara Caseiro (PSDB), 3ª vice-presidente da Assembleia Legislativa, também discursou relembrando muitas aguentam a situação de violência pelos filhos pequenos e por não ter para aonde ir. “Sendo assim ela acaba continuando naquele ambiente. Então projetos como do Governo do Estado, chamado Recomeço, aprovado por esta Casa de Leis, que concede um salário mínimo para ela sair desse ciclo de violência é uma excelente iniciativa”, exemplificou. Saiba mais aqui.

Ato institucional na ALEMS ecoa voz contra feminicídios em Mato Grosso do Sul
Agosto Lilás – pelo fim da violência 

As deputadas ergueram placas com dizeres que remetem os diversos tipos de violência (saiba quais são ao final da matéria). Lia Nogueira (PSDB), com a placa “Você está ficando louca” também fez ecoar o pedido pelo fim pelo machismo. “Quantas vezes já ouvimos essa frase? Toda a vez que a mulher se levanta e reivindica o direito dela ela é chamada de louca. Pois podem nos chamar de loucas, sempre que apontarmos o dedo na ferida. Mulheres e homens estamos aqui para representar vocês e as vítimas de femicídio, em nome delas, quero dizer que mulher nenhuma gosta de apanhar. Somos um estado machista, que diz isso. Vamos dar a elas oportunidades e quantas vezes for preciso a gente vai recomeçar”, ressaltou.

Da mesma forma, Gleice Jane (PT) estava com a placa “Faço isso para o seu bem” e discursou sobre o esforço conjunto em ter políticas públicas voltadas especialmente para as mulheres, independentemente de ideologia, para a transformação da sociedade. “É momento de chamar a atenção, fazer o debate em todos os espaços. É preciso ter formação de servidor público, como uma preocupação e com seriedade com os dados alarmantes da violência, em especial o feminicídio”, ponderou.

O evento contou com presença da primeira-dama do Estado, Mônica Riedel, de representantes da Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), da advogada Kátia Claro e da secretária estadual de Cidadania, Viviane Luiza da Silva. “Eu vejo a vontade de resolver o problema, com programas de proteção, de educação, de saúde, abrigo e acolhimento às vítimas e a mensagem central é que a luta é coletiva e que é importante que elas saibam identificar situações de violência e onde pedir ajuda”, destacou Mônica Riedel.

Ato institucional na ALEMS ecoa voz contra feminicídios em Mato Grosso do Sul
Reconheça os tipos de violência 

Denuncie a violência

Se você presenciou ou sofreu a violência: ligue para a Polícia Militar 190 ou vá nas Delegacias da Mulher – endereços e telefones aqui.

Casa da Mulher Brasileira (em Campo Grande): Rua Brasília, Lote A, Quadra 2 s/n – Jardim Ima (aberta 24 horas) – (67) 2020-1300.

Denúncia anônima: ligue 180, site www.naosecale.ms.gov.br e site pc.ms.gov.br.

Peça socorro: Coloque um X vermelho na palma da mão e mostre a alguém em farmácias e restaurantes – Campanha Não é Não.

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