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segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Assassino de Emanuelly cometeu dois estupros quando era adolescente e MPMS investiga omissão de Conselho Tutelar

Um ser indefeso, que deveria ser cuidado, foi infelizmente abandonado e abandonado várias vezes, uma pela família, outra pelo Estado e ainda por cima acabou sendo vítima de um crime brutal que acabou o levando à morte. Assim foram os poucos seis anos de Emanuelly Victória Souza Moura. Ela foi sequestrada, estuprada e morta na noite da última quarta-feira (27), em Campo Grande.

O nome do monstro que cometeu tamanha crueldade com Emanuelly foi Marcos Willian Teixeira Timóteo, de 20 anos. Um bandido pedófilo considerado de alta periculosidade, mas que estava solto para seguir cometendo crimes bárbaros contra crianças.

Marcos Willian já havia cometido dois estupros, um deles, contra um bebê de um ano. Agora, você me pergunta: como um bandido desse ainda estava solto para continuar estuprando crianças? Sim, é difícil acreditar, mas ele ainda seguia livre por cometer crimes quando ainda era menor de idade. Perante a lei, um ato infracional é uma infração análoga a crime, que está prevista no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

HISTÓRICO MACABRO

Aos 14 anos, Marcos Willian estuprou um bebê de 1 ano e 5 meses, abandonando a criança em meio a um matagal. O bebê sobreviveu. Anos depois, Marcos estuprou de forma contínua a enteada. Ele ainda também era adolescente quando cometeu este outro estupro.

Neste caso, ainda perante a Lei, o adolescente é considerado inimputável penalmente, o que significa que ele não é criminalmente responsável como um adulto. Marcos Willian passou por duas vezes pelo sistema da Unei (Unidade Educacional de Internação), com medidas socioeducativas aplicadas para ele. Seria um bom momento para debater a pena contra menores de idade?

MINISTÉRIO PÚBLICO ABRE INVESTIGAÇÃO

Agora, após tamanho abandono contra Emanuelly, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu uma investigação para apurar a atuação do Conselho Tutelar Sul no caso de Emanuelly. O corpo da criança foi encontrado na casa do assassino, localizada na Vila Carvalho, na Capital.

Segundo o MPMS, a investigação vai verificar se houve falha ou omissão do Conselho Tutelar e se isso pode ter relação com a morte da criança. O procedimento corre em sigilo, como prevê a lei. O caso é investigado.

O autor do crime, Marcos Willian morreu na manhã de quinta-feira (28) em confronto com policiais do Grupo de Operações e Investigações (GOI) da Polícia Civil. Ele tinha histórico de abusos infantis, segundo a polícia.

CRIANÇA JÁ ERA ACOMPANHADA POR CONSELHO TUTELAR E MESMO ASSIM FOI VÍTIMA DE CRIME BRUTAL

De acordo com as informações, o último atendimento do Conselho à família foi em maio deste ano, quando uma das agressões resultou em um braço quebrado da menina. Conforme informações, a criança não era alimentada adequadamente.  

Devido às agressões sofridas, Emanuelly também deixava de frequentar a escola. Quando recebeu atendimento no Conselho, o padrasto afirmou que as denúncias eram por desentendimentos familiares e que a renda da família é limitada ao Bolsa Família. 

Na época, foi relatado que, mesmo com dificuldades, o básico para as crianças estava sendo garantido. Equipes do Cras (Centro de Referência de Assistência Social) Guanandi acompanhavam a família, mas, na época do atendimento, não foram identificados indícios de violação de direitos das crianças nem de violência sexual, apenas situação de vulnerabilidade social.

ASSASSINATO BRUTAL

Emanuelly foi encontrada morta numa banheira, embaixo de uma cama, dentro da residência de Marcos Willian, localizada na Rua Joaquim Manoel de Carvalho, na Vila Carvalho, em Campo Grande.

Quando os policiais chegaram à casa do suspeito, encontraram a residência vazia. O chão da cozinha estava sujo de barro e com marcas de chinelo. Com isso, eles entraram na casa e fizeram uma varredura.

Em um dos cômodos, os policiais ergueram uma cama e, embaixo, estava uma banheira de bebê contendo, em seu interior, um volume grande enrolado em uma coberta marrom, presa com fita adesiva. Ao abrirem parcialmente a coberta, Emanuelly foi encontrada morta.

ASSASSINO MORTO PELA POLÍCIA

O trabalho da polícia foi muito rápido para concluir o caso de Emanuelly. Após localizarem o corpo da criança, os policiais bravamente saíram em busca do bandido que foi localizado na região do Inferninho, uma área remota de Campo Grande. 

Ao ser abordado, o estuprador pedófilo ainda tentou resistir a prisão e atirou contra a polícia que revidou a injusta agressão. Ao ser baleado, a polícia tentou encaminhar o criminoso para receber atendimento médico para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo.

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