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quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Tecnologia brasileira monitora remotamente uso de água e crescimento de florestas plantadas

Acompanhar em tempo real como está o desenvolvimento de árvores é o que promete o IoTree. A tecnologia é desenvolvida por uma parceria entre o Instituto Senai e a startup Agroambiência e utiliza sensores com uma dinâmica feita a partir de microeletrônica. 

O IoTree é uma plataforma de Internet das Coisas (IoT). Basicamente, permite conectar e gerenciar dados relacionados ao crescimento das florestas plantadas. Seu uso tem sido, por exemplo, no monitoramento do uso da água.  

Os testes, segundo o Agro Estadão, têm sido feitos em uma área da Suzano, empresa do setor de celulose, no Estado de São Paulo. A tecnologia foi um dos 17 projetos selecionados em um edital que buscava inovações na área do setor florestal. Ao todo, foram empregados R$ 16,1 milhões para o desenvolvimento dessas soluções. 

Como funciona o IoTree?

Nós sensores são colocados em árvores específicas. Esse equipamento contém mecanismos capazes de fazer a medição das plantas (dendrometria) e acompanhar o fluxo de seiva. Depois, essas informações são transmitidas através de uma rede de comunicação que não exige fios (rede Lora). Esses dados chegam a um aparelho que concentra, processa e reencaminha as informações para uma plataforma digital. A partir dessa interface, o acesso pode ser feito remotamente, desde que tenha navegador de internet ou aplicativo no celular.

Todo o sistema recebe energia de baterias ou de estruturas fotovoltaicas, o que garante o uso em áreas florestais que não têm rede de energia elétrica. O tipo de rede utilizado também permite a conexão sem o uso de internet no local onde os sensores estão instalados. 

“Chegamos a um nível de precisão que permite medir pequenas variações no crescimento da floresta ao longo do dia e relacionar com mudanças no clima. É um avanço que traz benefícios não só a Suzano, mas a toda a cadeia de pesquisa florestal”, destaca Carlos Raimundo Junior, pesquisador do Instituto Senai ao Agro Estadão.

A expectativa é de que os testes finais para validação da tecnologia sejam feitos até o próximo ano. Já a entrega do protótipo final para a Suzano está prevista para outubro deste ano, com as validações sendo feitas até março de 2026.

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