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quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Em parceria com a Suzano, Projeto Sumaúma Sustentável transforma vidas no interior do Maranhão

No coração do cerrado maranhense, um projeto que une sustentabilidade, capacitação e esperança vem mudando a realidade de dezenas de famílias rurais. O Sumaúma Sustentável, desenvolvido pela Suzano em parceria com a Associação Frei Tadeu e a empresa italiana Sofidel, beneficia atualmente 149 famílias da comunidade Ribamar Pequeno, no município de Freita Deus.

Coordenado por Joucelita Rolim Facundes, de 61 anos, o projeto oferece cursos, kits de produção e acompanhamento técnico a famílias que vivem da agricultura e da produção artesanal.

UM PROJETO QUE ENSINA A PRODUZIR E A PROSPERAR

Iniciado em março de 2025, o Sumaúma Sustentável foi criado com o objetivo de gerar renda e fortalecer a autonomia das famílias rurais.

As pessoas cadastradas participam de oficinas e capacitações em áreas como:

– apicultura e meliponicultura (criação de abelhas com e sem ferrão);

– horticultura;

– produção de queijos e derivados do leite;

– panificação, confeitaria e fabricação de salgados.

Após concluírem os cursos, os participantes recebem kits completos — de hortas e apicultura, por exemplo — para iniciar a própria produção.

“A Suzano e a Sofidel financiam todo o projeto. As famílias recebem o curso e também o kit completo para começar a produzir. É como diz o ditado: não damos o peixe, ensinamos a pescar”, explica a coordenadora Joucelita Rolim Facundes.

DAS ABELHAS VEM O SUSTENTO

Em parceria com a Suzano, Projeto Sumaúma Sustentável transforma vidas no interior do Maranhão

Uma das áreas que mais chama a atenção é a criação de abelhas. Segundo Joucelita, muitas pessoas da região tinham medo de trabalhar com apicultura, mas o conhecimento mudou a visão das comunidades.

“Antes, quando falávamos em criar abelhas, o povo ria. Hoje temos mulheres apicultoras, aprendendo que o mel é o que vale menos dentro da caixa — o mais valioso é o própolis e a cera”, destaca.

Um quilo de própolis, segundo ela, pode valer até R$ 800, o que transforma a atividade em uma fonte real de renda.

CAPACITAÇÃO QUE GERA INDEPENDÊNCIA

A produtora Maria Luzanira Bueno de Souza, participante da Associação Frei Tadeu, é um exemplo vivo dos resultados do projeto.

“Aprendi a fazer queijo, doces, pães e confeitaria. Hoje vendo meus produtos por encomenda. É um trabalho que nasceu dos cursos e me dá renda e orgulho. É muito gratificante dizer: ‘eu produzi, com o leite da minha terra’”, conta Luzanira.

A produtora também participa de feiras locais, onde vende queijos, iogurtes e doces.

“Ainda não temos selo para o mercado, mas vendemos direto para vizinhos e conhecidos. A propaganda é o boca a boca”, explica.

SUSTENTABILIDADE E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

De acordo com Márcia, representante da Suzano, o Sumaúma Sustentável faz parte de um conjunto de iniciativas voltadas à geração de renda e sustentabilidade em regiões do Maranhão, Pará e Tocantins.

“Nosso foco é fortalecer as comunidades locais e ajudá-las a sair da linha da pobreza por meio de atividades sustentáveis. Já são mais de 120 mil pessoas beneficiadas por projetos como este”, afirma.

Ela destaca que o diferencial do Sumaúma Sustentável é a autonomia das famílias: “A maior satisfação é ver as pessoas produzindo, vendendo e caminhando com as próprias pernas”.

TRABALHO E ESPERANÇA NO SERTÃO

Para Joucelita, que está à frente da Associação Frei Tadeu desde 1997, o projeto é um sonho realizado:

“Hoje vivo para o projeto. Cuido das abelhas, do laticínio e dos cursos. Ver as pessoas crescendo, aprendendo e acreditando em si mesmas é o que me motiva todos os dias.”

Sem depender de governos, a associação mantém as atividades graças às parcerias e doações, inclusive de grupos da Itália que realizam eventos beneficentes para apoiar o trabalho no Maranhão.

“É um trabalho de amigos, que acreditam na força do campo e no poder da solidariedade”, conclui.

UM FUTURO FÉRTIL

Com o apoio técnico e financeiro da Suzano e da Sofidel, o Sumaúma Sustentável segue fortalecendo o interior do Maranhão.

Mais do que um projeto ambiental, ele se tornou um movimento de transformação social, que une conhecimento, renda e dignidade.

“Quando uma mulher aprende a fazer queijo ou cuidar de abelhas, ela muda a própria história e a da sua comunidade”, resume Joucelita, emocionada.

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