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segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Redução do desmatamento na Amazônia foi histórica, avalia ICMBio

Queda se deve a reforço de equipes e equipamentos

A Amazônia Legal registrou o menor índice de desmatamento dos últimos 17 anos, em unidades de conservação federal. Já o Cerrado registrou o segundo menor índice desde 2007, ano em que o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) foi implantado.Redução do desmatamento na Amazônia foi histórica, avalia ICMBioRedução do desmatamento na Amazônia foi histórica, avalia ICMBio

levantamento foi divulgado na semana passada pelo Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ele mostra que, entre agosto de 2024 e julho de 2025, 134 quilômetros quadrados de desmatamento foram registrados em unidades de conservação federais da Amazônia.

Já nas unidades de conservação localizadas no Cerrado, foram registrados 31 quilômetros quadrados de desmatamento. Os resultados têm por base dados do Projeto de Desmatamento e Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes), do Inpe.

Resultados históricos

Os dados, na avaliação do ICMBio, são “resultados históricos”. No mesmo período, o ICMBio executou 312 ações de fiscalizações na Amazônia, envolvendo 1.412 de seus agentes. Foram lavrados mais de 1,3 mil autos de infração.

No Cerrado, foram executadas 91 ações de fiscalização, com a participação de 474 agentes do instituto. Mais de 400 autos de infração lavrados.

Tendo como base de comparação o ano de 2022, o resultado é ainda mais surpreendente, com uma queda de 74% no desmatamento da Amazônia; e de 62% no desmatamento registrado no bioma do Cerrado.

“A queda contínua dos últimos anos mostra que a estratégia do ICMBio está apresentando resultado real e consistente”, declarou o presidente do órgão, Mauro Pires.

Amazônia Legal

O desmatamento total na Amazônia Legal também apresentou “queda robusta” em 2025, segundo o ICMBio. Na comparação com o período anterior, a queda ficou em 11,08%, sendo a terceira menor taxa desde 1988.

“No Cerrado, a taxa geral teve queda de 11,49% em relação ao período anterior. Esses números confirmam a tendência de retração iniciada em 2023, após cinco anos consecutivos de alta”, informou, em nota, o instituto.

Desmatamento zero

Ainda segundo o ICMBio, as reduções dessas áreas desmatadas mostram ser possível, ao Brasil, cumprir a meta de desmatamento zero até 2030.

“Com os menores índices históricos de desmatamento, tanto no geral quanto em áreas protegidas, o Brasil chega à 30ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança do Clima com um recado claro: proteger florestas é uma das estratégias mais eficazes para enfrentar a crise climática”, informou.

De acordo com Mauro Pires, o resultado se deve à retomada da presença do instituto na região, bem como ao reforço da fiscalização e do combate às ilegalidades. Ele destacou também a recomposição de conselhos participativos; a reativação de políticas sociais que chegam diretamente a povos e comunidades tradicionais; e a aquisição de veículos e equipamentos.

(*) Agência Brasil

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