Com investimento bilionário, Arauco ergue em Inocência uma das maiores fábricas do mundo e impulsiona a liderança industrial do Estado
Mato Grosso do Sul deve assumir uma posição de destaque no cenário industrial brasileiro e mundial. Com megafábricas de celulose e expansões em andamento, o Estado deve concentrar quase metade de toda a produção nacional de celulose na próxima década.
Atualmente, o território sul-mato-grossense já responde por aproximadamente um terço da produção brasileira, com 7,5 milhões de toneladas anuais, volume que supera o de países industrializados como o Japão.
Conforme dados da IBÁ (Indústria Brasileira de Árvores), o Brasil produziu 25,5 milhões de toneladas de celulose em 2024, ocupando a segunda posição mundial, atrás apenas dos Estados Unidos. Nesse cenário, Mato Grosso do Sul se consolida como polo estratégico, combinando alta capacidade produtiva, infraestrutura logística eficiente e vastas áreas de florestas plantadas.
A IBÁ mostra que no ano anterior, MS consolidou-se como principal eixo de crescimento da indústria, movimento impulsionado por uma combinação de fatores. Entre eles, o instituto pontua a atitude pró-ativa do governo do estado para desburocratizar as relações com investidores e enfrentar os desafios de infraestrutura social e econômica a partir de parcerias. No ano passado, o estado foi responsável por 80% dos 234 mil hectares de expansão do setor.
Boa parte da celulose produzida no Estado é destinada à exportação, tendo como principais destinos China, Países Baixos e Itália. Em 2024, o setor foi responsável por US$ 2,7 bilhões em receitas, consolidando-se como um dos pilares das exportações sul-mato-grossenses.
MEGAINVESTIMENTO EM INOCÊNCIA
O crescimento do setor é impulsionado por novos investimentos bilionários. Um dos projetos mais emblemáticos é o da Arauco, multinacional chilena que constrói em Inocência (MS) uma das maiores fábricas de celulose do mundo, com investimento estimado em US$ 4,6 bilhões.
A planta terá capacidade para produzir 3,5 milhões de toneladas de celulose por ano, ampliando significativamente a participação do Estado no mercado global. Além de fortalecer a economia local, o empreendimento deve gerar milhares de empregos diretos e indiretos, movimentar a cadeia florestal e impulsionar a infraestrutura regional.
Com a operação da nova unidade da Arauco e de outros projetos industriais previstos, Mato Grosso do Sul consolida-se como referência mundial em produção sustentável de celulose, combinando inovação, competitividade e responsabilidade ambiental.



