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quarta-feira, 19 de novembro de 2025

MS tem quatro vezes mais autônomos que empregadores, mostra estudo

Em 2024, Estado tinha 295 mil trabalhadores por conta própria, volume muito superior ao de donos de negócios

O trabalho por conta própria continua sendo uma das principais marcas do mercado laboral de Mato Grosso do Sul. Segundo a PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) – Características Adicionais do Mercado de Trabalho 2024, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Estado registrou 295 mil trabalhadores por conta própria, número mais de quatro vezes superior ao de empregadores, que somavam 71 mil no ano passado.

O dado reforça a presença estruturada de microempreendimentos, atividades individuais e pequenos negócios informais ou de baixa escala, que seguem ocupando parcela significativa da população sul-mato-grossense. No total, os dois grupos somaram 365 mil pessoas, uma queda de 2,9% em relação a 2023.

A pesquisa também mostra que a formalização avança, mas de forma desigual. Entre os empregadores, 79% tinham CNPJ ativo, enquanto entre os trabalhadores por conta própria a proporção era de 32,1%. Ainda assim, o número de autônomos formalizados cresceu em relação a 2023.

O tamanho do grupo de conta própria também influencia o comportamento econômico do Estado. Como boa parte desses trabalhadores opera com renda variável e depende diretamente do fluxo de serviços e vendas, oscilações na atividade econômica tendem a ter impacto imediato sobre o consumo, especialmente nos segmentos de varejo, alimentação e pequenos serviços.

A predominância desse perfil no mercado de trabalho sul-mato-grossense acompanha tendências observadas em todo o país, onde o crescimento de trabalhadores independentes vem sendo impulsionado por fatores como digitalização, expansão das plataformas de serviços, busca por flexibilidade e dificuldade de inserção em ocupações formais.

Os dados fazem parte do levantamento anual do IBGE, que detalha características adicionais da força de trabalho e permite acompanhar mudanças estruturais ao longo da última década.

(*) Campo Grande News

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