A noite desta quinta-feira (27) entrou para a história de Três Lagoas. Faltando três dias para chegar dezembro, a prefeitura municipal decidiu que a esperança não poderia esperar. A inauguração da iluminação de Natal e da tão aguardada “Cidade Encantada”, realizada na Praça Senador Ramez Tebet, transformou o coração do município em um cenário de luz, afeto e pertencimento e emocionou quem esteve presente.

Antecipado pela gestão municipal, o evento atraiu centenas de famílias, crianças ansiosas, idosos nostálgicos e moradores que carregam Três Lagoas como parte da própria identidade. Sob um céu limpo e com o vento quente típico de fim de primavera, os primeiros feixes de luz acenderam como se a cidade inteira respirasse alívio, abrindo oficialmente a temporada de encantamento que antecede o Natal.

No momento exato em que a iluminação se acendeu, um silêncio breve percorreu a praça, seguido de aplausos fortes, gritos de surpresa das crianças e lágrimas discretas de adultos que, por alguns segundos, voltaram a ser crianças também.

O prefeito Cassiano Maia, acompanhado da primeira-dama, Kelly Abonízio, vereadores, secretários municipais e demais autoridades locais, destacou a importância simbólica do evento. Mais do que ornamentação, a antecipação da iluminação representa um convite para que a população reencontre a alegria coletiva e esperança.

A Praça Ramez Tebet, transformada em palco central da festa, recebeu decoração especial. Túneis de luz, figuras gigantes iluminadas, árvores cintilantes e elementos que remetem ao espírito natalino clássico, mas com um toque contemporâneo. A “Cidade Encantada” ganhou destaque imediato, sendo um espaço pensado para ser, ao mesmo tempo, um refúgio poético e um ponto de encontro da comunidade.

Famílias se abraçavam para fotos, crianças corriam sob as luzes como se pudessem agarrar brilhos no ar, e casais caminhavam devagar, absorvendo cada detalhe. Para muitos, não era apenas o início do Natal, mas a lembrança viva de tudo que torna Três Lagoas uma cidade que não perde sua essência acolhedora, mesmo enquanto cresce e se transforma.

“É como se a gente estivesse inaugurando um sentimento”, comentou uma moradora, emocionada. E de fato estava.

Com a antecipação da celebração, Três Lagoas mostra que esperança não precisa seguir calendário. Ela pode e deve ser sempre acesa.

Ao final do evento, a praça permanece iluminada, mas há uma luz ainda mais forte pairando no ar. A que nasce do encontro, da memória, da expectativa por dias mais leves. A noite terminou, mas a sensação que ficou foi de que algo maior está apenas começando.


























(*) Pollyanna Eloy






