A solenidade foi uma propositura do vereador Mi do Santa Luzia para celebrar essa modalidade esportiva que surgiu no município há 30 anos
A casa de leis ficou bem protegida na noite desta sexta-feira (28) com o número de atletas de jiu-jitsu no plenário para celebrar os 30 anos da modalidade em Três Lagoas. A solenidade foi uma propositura do vereador Mi do Santa Luzia. O secretário de Esporte, Juventude e Lazer (Sejuvel), Walter Dias – “Hulk”, prestigiou o evento na mesa de honras, representando o executivo.
Receberam homenagem as escolas/equipes: Syon Jiu-jitsu (André Luis Tozoni), Tatu Fight Team (Antonio Erasmos Pereira, “Mestre Tatu”, representado por Roberto Della Rosa Mendez), Barbosa Jiu-Jitsu (Cleverson Aparecido Pereira), Lion Team Jiu-jitsu (Luis Alexandre de Oliveira), Barão Jiu-jitsu (Moisés Santos, representado por Alex Ramires), Boi Jiu-Jitsu (Oriovaldo Narcizo da Silva, “Boi”), Jiu jitsu Lotus Club (Roldão Pereira Camargo Netto) e Sheik Jiu-jitsu (Silvio Henrique Maluf).
Luis Alexandre foi o primeiro a usar a tribuna, fazendo um agradecimento pelo pioneirismo de “Boi” (Valdo Narcizo). “Todos aqui ou foram alunos do ‘Boi’, ou são alunos de alunos dele”, reforçou. Luis falou também sobre o estilo de vida que prepara o lutador de jiu-jitsu para a vida, destacando a atuação da modalidade no social. Valdo Narcizo, o “Boi”, relembrou como tudo começou, em novembro de 1995: “nossos alunos que começaram lá trás, as crianças, hoje são pessoas bem formadas, referencias em suas áreas. E vemos como a gente [o esporte] contribuiu para isso”.
“Hoje temos pouco mais de 300 praticantes na cidade, de oito equipes que estão presentes aqui nesta noite”, afirmou “Boi”, com orgulho. Continuando sua fala, ele se emocionou ao lembrar de atletas que já partiram: “é uma energia que não podemos deixar morrer. As homenagens tem que ser feitas em vida e, enquanto eu estiver vivo, vou propagar o jiu-jitsu”.
“Boi” finalizou propondo um olhar mais profundo das autoridades sobre o esporte, principalmente nas escolas e no social. “Vamos unir as equipes da cidade, com o poder público, todos aqui presentes, para levarmos o jiu-jitsu para todos os bairros e fazer valer a máxima: jiu-jitsu para todos”, concluiu. Na sequência, “Hulk” reforçou que o poder público reconhece a importância do esporte: “agora, com o prefeito Doutor Cassiano Maia, que gosta muito do esporte e apoia todas as iniciativas que são para o bem da população, podem contar cada vez mais com a Sejuvel”.
Mi do Santa Luzia, propositor desta brava solenidade, desabafou sobre a origem do evento: “em 30 anos de história mudando vidas, o jiu-jitsu nunca tinha sido citado ou homenageado aqui na Câmara”. O vereador, que declarou ser mais adepto ao futebol, relatou que o jiu-jitsu é mais que uma modalidade de esporte: “ali, em 1995, nasceu um movimento que transforma pessoas, formando campeões, não de troféus, mas da vida”. Por fim, reconhecendo o papel social, Mi afirmou: “uma das minhas missões aqui nesta Casa de Leis é fazer o esporte ser cada vez mais valorizado. Eu sou fruto da periferia e fui transformado pelo esporte”.
O JIU-JITSU
Apesar de o Jiu-jitsu ter origem no Japão, derivado de antigas técnicas de defesa pessoal de samurais, essa modalidade foi adaptada e aperfeiçoada no Brasil pela família Gracie. A história da arte marcial no Brasil começou com a chegada do mestre japonês Mitsuyo Maeda (Conde Koma) em 1914, que ensinou a arte a Carlos Gracie.
Carlos Gracie não guardou esse conhecimento, pelo contrário, passou adiante. Com seu irmão Hélio Gracie, adaptou as técnicas, focando em alavancas e mobilidade, criando assim o que hoje é conhecido como Jiu-Jitsu Brasileiro (BJJ). O BJJ se popularizou mundialmente, especialmente após a ascensão do MMA e o desempenho dos Gracie no UFC.
Em Três Lagoas, a modalidade chegou no ano de 1995, no dia 23 de novembro. Dois Amigos (Valdo Narcizo e Márcio Zalotte), apaixonados por artes marciais, iniciaram uma trajetória onde em seu objetivo maior foi ter como missão promover e consolidar o crescimento deste esporte em nossa cidade. Assim surgiu o Boi Jiu-jitsu, equipe que existe até hoje, 30 anos depois.
