As ocorrências foram registradas entre janeiro e novembro de 2025, porém no dia 1º de novembro outro acidente com óbito foi registrado no anel viário rodoviário, registrando vigésimo óbito na BR 262
Dados divulgados pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) sobre sinistros registrados nas rodovias federais de Mato Grosso do Sul revelam um cenário preocupante: embora o número total de ocorrências tenha diminuído em 2025 (dados consolidados até novembro), a gravidade dos acidentes aumentou em comparação ao ano anterior.

As informações passadas ao Perfil News abrangem dois importantes trechos do estado: a BR-158, entre Aparecida do Taboado e Brasilândia, e a BR-262, entre Três Lagoas e Campo Grande.
CAUSAS DOS ACIDENTES
Nos vídeos abaixo mostram a imprudência e a irresponsabilidade de alguns motoristas que ultrapassam em faixa contínua e até pelo acostamento.
A combinação de imprudência ao volante, excesso de velocidade e ultrapassagens em locais proibidos — especialmente em trechos de faixa contínua — tem contribuído de forma significativa para o aumento dos acidentes na BR-262. (Veja nos vídeos).
O problema é ainda mais crítico no trecho que liga Três Lagoas a Campo Grande, corredor por onde circulam diariamente centenas de carretas, muitas delas treminhões carregados com eucalipto e celulose.
O intenso fluxo de veículos pesados, aliado ao comportamento de motoristas que ignoram as normas de trânsito, transforma a rodovia em um dos pontos mais preocupantes para quem depende desse trajeto. Autoridades reforçam que grande parte das ocorrências poderia ser evitada com respeito aos limites de velocidade, atenção redobrada e cumprimento das regras de ultrapassagem. Enquanto isso, investimentos em sinalização, fiscalização e adequações estruturais como a terceira faixa e acostamento continuam sendo apontados como medidas essenciais para reduzir o número de acidentes e melhorar a segurança no local.
BR-158: MENOS SINISTROS, MAS ACIDENTES MAIS GRAVES

Na BR-158, o total de sinistros caiu de 54 em 2024 para 47 em 2025, uma redução de sete ocorrências. Apesar disso, a gravidade dos acidentes aumentou de forma expressiva. Os sinistros classificados como graves subiram de 15 para 23, um avanço de oito registros.
O número de óbitos, porém, permaneceu estável: nove mortes foram contabilizadas tanto em 2024 quanto em 2025. Isso indica que, embora os acidentes tenham se tornado mais severos, a letalidade não se alterou — ao menos até novembro de 2025.
BR-262: MENOS OCORRÊNCIAS, MAIS MORTES
O trecho da BR-262 entre Três Lagoas e Campo Grande também apresentou redução no total de sinistros: de 104 em 2024 para 95 em 2025, queda de nove registros.

Entretanto, assim como na BR-158, a gravidade dos acidentes aumentou. Os sinistros graves passaram de 31 para 36, enquanto o número de óbitos registrou um crescimento ainda mais significativo: de 12 para 19, ou seja, sete mortes a mais em relação ao ano anterior.
REDUÇÃO NO TOTAL NÃO REFLETE MELHORA NA SEGURANÇA
A análise conjunta dos dois trechos revela um comportamento semelhante: menos sinistros, porém acidentes mais severos.
Isso sugere que, embora possa haver melhora em fatores como fluidez do tráfego ou ações de prevenção para reduzir o número de acidentes leves, permanece um problema grave com acidentes de alta gravidade, evidenciando que a simples redução no número total de ocorrências não deve ser interpretada como melhora na segurança viária.
A situação é mais crítica na BR-262, que apresentou aumento expressivo no número de óbitos, apontando para a necessidade de reforço na fiscalização, campanhas educativas, e possíveis intervenções de infraestrutura.
ACIDENTE RECENTE CHAMA ATENÇÃO PARA O PROBLEMA

Para ilustrar a gravidade desse cenário, destaca-se o mais recente acidente ocorrido na noite de 1º de dezembro de 2025, no anel viário da BR-262, em Três Lagoas. Uma colisão entre uma carreta e um carro de passeio, um Toyota Corolla, resultou em pelo menos uma morte. O impacto foi tão violento que o automóvel foi “completamente destruído”, chegando a se partir ao meio.
Esse episódio reforça os dados estatísticos: mesmo com menos acidentes, os poucos que ocorrem têm consequências trágicas e muitas vezes fatais.
URGÊNCIA EM REFORÇAR SEGURANÇA E INFRAESTRUTURA
Os números mostram que reduzir a quantidade de sinistros não basta: é preciso atacar as causas de acidentes graves, comportamento de motoristas, condições da pista, sinalização, fiscalização e infraestrutura. O recente acidente fatal na BR-262 reforça a urgência da ação.





